O vice-presidente Hamilton Mourão estima que a gasolina volte ao patamar de R$ 6 após as ações do governo e pela queda do barril de petróleo na última semana. Desde o início da guerra na Ucrânia, o barril se aproximou de US$ 140, porém nesta terça-feira (15) foi negociado abaixo de US$ 100.
"O mercado começa a se reequilibrar. Bateu nos US$ 139, já está em US$ 99, US$ 98. É óbvio, essa flutuação, acredito que a Petrobras ela vai encaixar isso aí e vai haver uma redução", declarou o vice dm entrevista no Palácio do Planalto.
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"Uma realidade a gente tem que entender: o preço do combustível, fruto até da questão da transição energética que nós temos de viver, não vai voltar aos patamares que a gente gostaria. Não vamos mais, na minha visão, pagar R$ 4 por litro de gasolina, vai ser difícil isso acontecer", completou Mourão.
Após 57 dias a Petrobras reajustou em 18,7% o preço da gasolina e em 24,9% o diesel. A companhia também elevou em 16% o preço do GLP.
Sobre o "mega aumento", Mourão disse que o preço da gasolina entre R$ 7 e R$ 8 "veio para ficar", mas pode abaixar ao patamar de R$ 6.
"Pode baixar aí, voltar para meia-dúzia. Mas vamos lembrar aí que uns dois, três anos atrás estávamos pagando R$ 4,50, R$ 4,60", disse o vice.
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O vice também classificou como "histeria" a reação dos mercados ao aumento no preço do petróleo.
"Essa questão do preço do petróleo é muita histeria, né? Porque houve uma variação, vamos dizer assim, violenta no preço do petróleo [...] fruto, primeiro, da questão da pandemia, do retorno da atividade econômica, e, posteriormente, desse conflito absurdo lá na Rússia, na Ucrânia", declarou.
Mourão reiterou nesta segunda-feira (14) que uma intervenção direta no preço dos combustíveis está descartada pelo governo federal. Segundo Mourão, esse tipo de ação é algo que "a gente sabe como começa e o término sempre vai ser uma bagunça".
“Intervenção no preço é algo que a gente sabe como começa e o término sempre vai ser uma bagunça, né. O governo está buscando soluções junto com o Congresso, seja aí, mudança do cálculo do ICMS, questão de fundo para estabilização, a redução do PIS-Cofins a zero. Então são soluções que estão sendo buscadas em um momento difícil do mundo que, uma vez solucionada a situação do conflito vivido entre a Rússia e a Ucrânia, a tendência é que o preço volte aos níveis anteriores”, disse em conversa com jornalistas.