Ministra descarta importar fertilizantes da Rússia durante a guerra
Guilherme Martimon_MAPA
Ministra descarta importar fertilizantes da Rússia durante a guerra

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou na última quinta-feira (3) que a possibilidade de receber fertilizantes da Rússia e da Bielorrúsia durante a guerra na Ucrânia é "totalmente descartada". Tereza Cristina participou da live semanal do presidente Jair Bolsonaro (PL), transmitida pelas redes sociais.

Os fertilizantes, especialmente nitrogênio, fósforo e potássio, são largamente utilizados pelo setor agrícola brasileiro. Porém, cerca de 80% deles são importados pelo país, e a Rússia e a Bielorússia são dois dos principais fornecedores.

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A ministra avaliou que no momento não há condições viáveis para o pagamento e para o transporte dos fertilizantes dadas às sanções impostas aos países do Leste Europeu pela invasão militar.

"O que nós temos no momento é uma suspensão deste comércio porque nós não temos como pagar esses produtos e também nós não temos navios, nem seguro para esses navios para poder carregar esses fertilizantes do mar Báltico e Negro".

"Eles não fizeram a suspensão, é o problema da guerra. Então, enquanto ela estiver acontecendo, é totalmente descartada a possibilidade de a gente receber fertilizantes daqueles dois países, tanto da Bielorrúsia quanto da Rússia", continuou.

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Plano Nacional de Fertilizantes

Possível candidata a vice de Jair Bolsonaro durante as eleições presidenciais deste ano, Tereza Cristina também  voltou a comentar sobre o plano nacional de fertilizantes, que tem por objetivo diminuir a dependência externa do produto. "O senhor [Bolsonaro] entrega ele na última semana de março, lá no Palácio do Planalto".

"Esse plano está pronto. Não foi por causa dessa crise. Isso nós pensamos lá atrás: que o Brasil, uma potência agro, não podia ficar nessa dependência do resto do mundo de mais de 80% nos três produtos [nitrogênio, fósforo e potássio] de vários países".

Durante a live, o presidente havia feito menção a um  projeto de lei em tramitação no Congresso que permite a exploração mineral em reservas indígenas, como na Foz do Rio Madeira. Bolsonaro defende a aprovação do texto com o argumento de que há risco de desabastecimento de fertilizantes no Brasil por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia.

Nesta semana, a ministra da Agricultura já havia dito que o nosso país  possui estoque de fertilizantes até o início da próxima safra, em outubro.

Hoje, uma reportagem do jornal A Folha de S. Paulo  informou que o Ministério da Indústria e Comércio da Rússia  pediu que as fabricantes de fertilizantes suspendam a exportação do produto.

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