Europa confisca iates de luxo de bilionários russos
Azimut / Reprodução
Europa confisca iates de luxo de bilionários russos

Bilionários russos que moram na Europa tiveram seus bens de luxo confiscados nesta semana como parte das sanções impostas à Rússia, após a invasão à Ucrânia.

Na França, autoridades alfandegárias informaram terem apreendido um iate de 280 pés ligados ao oligarca Igor Sechin, presidente-executivo da gigante de petróleo russa Rosneft.

O barco é de propriedade de uma empresa cujo principal acionista é o chefe da petrolífera, segundo o Ministério das Finanças francês.

Chamado de Amore Vero, ele foi interceptado durante a noite desta quarta-feira (2) no porto mediterrâneo de La Ciotat, enquanto se preparava para partir com urgência. O superiate havia chegado a La Ciotat em 3 de janeiro e deveria permanecer no porto até 1º de abril para reparos.

Sechin foi vice-primeiro-ministro da Rússia de 2008 a 2012.

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Na Alemanha, o maior iate do mundo, de propriedade do bilionário russo Alisher Usmanov, teria sido confiscado em Hamburgo, segundo a Forbes. Criado em 2016, o Dilbar tem 512 pés e é avaliado em cerca de US$ 600 milhões.

O barco estava em um estaleiro alemão desde outubro esperando passar por reformas.

Ao jornal britânico The Guardian , no entanto, autoridades alemãs negaram a apreensão.

Sechin e Usmanov fazem parte de um grupo de pessoas mais ricas da Rússia sancionadas pela União Europeia após o ataque à Ucrânia.

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Com as restrições, magnatas russos têm enviado seus barcos para as Maldivas, na Ásia, região que não tem tratado de extradição com os Estados Unidos.

Em discurso na última terça, o presidente americano Joe Biden afirmou sobre a elite russa: "Estamos nos unindo aos nossos aliados europeus para encontrar e apreender seus iates, seus apartamentos de luxo, seus jatos particulares".

O Bloomberg Billionaires Index. revelou que as 21 pessoas mais ricas da Rússia já perderam juntas US$ 84 bilhões neste ano. Somente no dia anterior ao ataque à Ucrânia, a perda foi de US$ 39 bilhões.

Diante do aumento das sanções, magnatas russos voltaram a se manifestar contra a invasão e pediram à Rússia que encerre a guerra. Em um comunicado, os bilionários Petr Aven e Mikhail Fridman apelaram para que o país pare de atacar seu vizinho.

"Estamos totalmente claros: a Rússia deve acabar com essa guerra agora", disseram eles em declaração à qual a agência Bloomberg teve acesso. "A cada novo dia, estamos novamente profundamente chocados e tristes com a terrível destruição enfrentada pela Ucrânia e pelos ucranianos, muitos dos quais são nossos amigos e parentes".

Fridman, que nasceu na Ucrânia, foi um dos primeiros bilionários a se manifestar contra as ordens de invasão de Vladimir Putin,  pedindo o "fim do derramamento de sangue".

Ele é presidente do conselho do Alfa Group, um conglomerado privado que atua principalmente na Rússia e em ex-repúblicas soviéticas, nos setores de bancos, seguros, varejo e produção de água mineral. Sua fortuna é avaliada em US$ 11,4 bilhões, de acordo com a Bloomberg.

Friedman também é presidente do conselho do Alfa Bank, a quarta maior firma de serviços financeiros da Rússia e o maior banco do setor privado.

Aven, por sua vez, é empresário e economista e dirige o Alfa Bank.  A instituição foi atingida na semana passada pelas sanções ocidentais.

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