Conflito na Ucrânia: dólar opera em queda e Bolsa sobe nesta quinta
Felipe Moreno
Conflito na Ucrânia: dólar opera em queda e Bolsa sobe nesta quinta

O dólar opera em queda ante o real enquanto a Bolsa sobe nesta quinta-feira (3). O conflito entre Rússia e Ucrânia segue ditando o ritmo dos mercados acionários, com os investidores atentos a uma nova rodada de negociações entre russos e ucranianos e a escala do preço das commodities, com o barril de petróleo renovando recordes em mais de uma década.

Por volta de 11h55, a moeda americana tinha baixa de 1,30%, negociada a R$ 5,0390. O real vem se beneficiando da alta dos preços de commodities no último pregão, já que o Brasil é um grande exportador desses produtos.

No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,36%, aos 115.586 pontos.

Após um primeiro encontro frustrado para tentar encontrar uma resolução para o conflito, a expectativa é que delegações dos dois países se encontrem hoje.

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Enquanto um desfecho não ocorre, o cerco econômico contra a economia russa vem sendo reforçado. Na quarta-feira,  os Estados Unidos anunciaram novas restrições ao país que incluem "exportações de tecnologia" no setor de refino de petróleo.

A nova sanção intensificou os temores sobre a oferta do petróleo no mercado internacional, elevando o preço da commodity. No Brasil, a disparada dos preços  deve levar a um novo aumento do preço de combustíveis, elevando a pressão por reajuste.

No caso da Bolsa, por sua vez, a alta das commodities impulsiona os papéis de empresas expostas a esses produtos e que possuem grande peso no nosso índice, como a Vale e a Petrobras.

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Ontem, essas companhias ajudaram o Ibovespa a subir quase 2%.

Entre as ações, as ordinárias da Petrobras (PETR3, com direito a voto) cediam 0,80% e as preferenciais (PETR4, sem direito a voto), 0,95%.

As ordinárias da Vale (VALE3) avançavam 0,96% e as da Siderúrgica Nacional (CSNA3), 2,14%.

As preferenciais da Usiminas (USIM5) subiam 4,29%.

No setor financeiro, as preferenciais do Itaú (ITUB4) e do Bradesco (BBDC4) tinham altas de 2,16% e 1,84%, respectivamente.

De olho em Powell

Um dos focos de atenção do mercado financeiro é a reação dos bancos centrais de economias desenvolvidas a esse cenário. Na quarta-feira, o presidente do Federal Reserve, Banco Central americano, sinalizou que deve apoiar uma alta de 0,25% na taxa de juros do país na reunião que ocorre este mês.

O anúncio tranquilizou os investidores, pois dá maior previsibilidade em um cenário volátil como o atual. Nesta quinta, Powelll presta depoimento ao Comitê de Assuntos Bancários, Habitacionais e Urbanos do Senado.

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