A União Europeia impôs novas sanções direcionadas à Rússia por causa da invasão à Ucrânia . Desta vez, os oligarcas estão sob o foco. O bloco econômico congelou ativos e restringiu viagens de alguns dos homens mais influentes do país - alguns deles diretamente ligados ao presidente Vladimir Putin.
Entre eles, estão o fundador do Alfa Group, Mikhail Fridman, Petr Aven, seu sócio, Igor Sechin e Nikolai Tokarev, presidentes-executivos da Rosneft e da Transneft, petrolíferas, e Alisher Usmanov, financista.
Visando prejudicar os esforços de guerra da Rússia, a UE lança a cada dia medidas que atinjam o sistema financeiro russo. Nesta semana, o rublo caiu bruscamente após Estados Unidos e seus aliados impor medidas contra o banco central russo.
O empresário Mikhail Fridman é descrito pelo comunicado da UE como "um importante financista russo e um integrante do círculo de amigos do presidente Putin". O Alfa-Bank, banco que é proprietário, já estava sob sanções da UE para emissão de títulos e ações e captação de empréstimos no território da união para fins de refinanciamento. As informações são da Folha.
O texto menciona também que Friedman apoiou de maneira ativa, financeira ou materialmente, as autoridades russas responsáveis pela anexação da Crimeia e pela desestabilização da Ucrânia, e se beneficiou disso".
Sechin, que já sofre restrições de viagens congelamento de ativos pelos Estados Unidos, é descrito como "um dos conselheiros mais próximos e de maior confiança de Putin, bem como um de seus melhores amigos".
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A UE aponta Avin como "um dos oligarcas mais próximos ao presidente", e Timchenko, amigo de Putin de longa data, também aparece na lista.
Já Tokarev serviu com Putin na KGB, e é descrito como um dos "oligarcas do Estado que assumiram o controle de grandes ativos estatais na década de 2000 quando Putin consolidou seu poder, e que opera em estreita parceria com o estado russo."
A UE diz que Usmanov é um dos "oligarcas favoritos" de Putin, e Roldugin, "carteira" do presidente russo, e estaria envolvido em uma investigação que apura a movimentação de 2 bilhões de dólares por bancos e empresas offshore como parte de uma rede financeira oculta de Putin.
O que dizem os oligarcas
O bloco afirma que Alexei Mordashov controla estações de canais de TV que apoiam o governo russo, incluindo a desestabilização da Ucrânia. A Severstal, uma de suas empresas, divulgou uma carta em resposta às medidas.
"Jamais estive próximo da política e sempre me concentrei em criar valor econômico nas companhias para as quais trabalhei, tanto na Rússia quanto no exterior", disse o empresário. "Não consigo compreender de que maneira essas sanções contribuirão para a resolução do pavoroso conflito na Ucrânia".
Friedman e Aven também se manifestaram por meio da LetterOne, empresa que administram em Londres, afirmando que estão "profundamente chocados com as acusações demonstravelmente falsas... que supostamente embasam as sanções contra eles".
"Eles combaterão essa injustiça com todas as forças – por eles e pelas dezenas de milhares de empregados que dependem deles no Reino Unido e na Europa", prossegue o texto, defendendo que os empresários "sempre foram totalmente transparentes sobre seus negócios e fonte de riqueza. Sancioná-los com base em fofocas malévolas e não comprovadas não terá impacto sobre as atividades da Rússia na Ucrânia".