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Quase cinco anos depois da aprovação, a reforma trabalhista do governo Michel Temer precisa passar por uma revisão para 58% dos brasileiros, como mostra uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest divulgada pela coluna Painel S.A., da Folha de São Paulo.

O levantamento diz ainda que 53% dos brasileiros são contrários à reforma e apenas 27% aprova a medida.

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O tema voltou ao centro do debate eleitoral após integrantes do PT, entre eles o ex-presidente Lula,  afirmarem que farão uma contrarreforma caso o partido volte ao poder.

A rejeição à reforma é maior entre os eleitores de Lula (64%) do que entre os de Jair Bolsonaro (33%), que já disse ser favorável ao texto. Dos que declaram voto no petista, 67% acham que ela deve ser revista.

O teto de gastos divide opiniões, 32% aprovam a medida, contra 40% que a rejeitam. Para os que ganham até dois salários mínimos, 27% concordam, já na faixa de quem recebe entre dois e cinco salários, o apoio salta para 32%. Entre os que ganham mais que cinco salários, chega a 40%.

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Após 4 anos, o que mudou?

A reforma trabalhista entrou em vigor em novembro de 2017. Quatro anos depois o avanço prometido não se cumpriu. A pandemia e o cenário global influenciaram e os dois milhões de empregos "nos próximos dois anos" não apareceram, pelo contrário. 

Em 2017, O Brasil tinha 12,3 milhões de desempregados, representando 11,8% da população ativa, hoje tem 14,1 milhões de desocupados, ou seja, 13,7% da população, segundo dados de julho do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Além disso, a promessa de reduzir a informalidade não se concretizou. O IBGE aponta que a taxa permaneceu praticamente inalterada, de 40,5% em 2027 para 40,8% em 2021.

O texto visava "simplificar" a legislação trabalhista e mudava regras como férias, jornada de trabalho, contribuição sindical, dentre outras. No ano passado, o próprio presidente Michel Temer, responsável pelas mudanças, disse que a proposta foi superestimada. 

"Quero concordar com a sua afirmação [...] de que os nossos ministros [da Fazenda, Henrique] Meirelles e [do Trabalho] Ronaldo Nogueira exageraram nas suas previsões", disse, em um evento no Paraná.

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