Preços do petróleo
Fernanda Capelli
Preços do petróleo

O sexto dia de guerra entre Rússia e Ucrânia provoca reflexos na economia global, o principal deles é a dispara dos preço das commodities, entre elas o petróleo, que atingiu US$ 104 após a escalada da tensão no leste europeu.

O barril do tipo Brent sobe mais de 6% em Londres nesta terça-feira (1º). Já o petróleo do tipo WTI é negociado por cerca de US$ 102 em Nova York, com alta de 6%. Essa é a cotação mais alta desde 2014 de ambos os tipos.

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A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo e o segundo maior exportador de petróleo do mundo, além de ser o maior fornecedor de gás natural para a Europa, provendo cerca de 35% do total consumido pelo continente. Com as sanções econômicas impostas ao país, diminui a oferta dos derivados de petróleo, fazendo os preços subirem. 

A escalada dos preços tem provocado inflação não só nos dois países, como também em todo o globo. O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, manifestou preocupação com a escala de preços. 

De acordo com Guedes, a inflação brasileira, que ainda está no patamar de 10% ao ano, é basicamente resultado da inflação global e disse que ela deve diminuir ao longo do ano. Para argumentar que os preços sobem em todos os países, ele citou a inflação nos EUA, que chegou a 7,5% em doze meses, a maior taxa para o período desde 1982.

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"A inflação no Brasil poderia ser ainda menor do que nos Estados Unidos neste ano, acho que o Brasil vai novamente surpreender para o positivo", disse.

Sobre uma possível pressão inflacionária dos gastos no país, Guedes afirmou que todo o gasto social está dentro do teto e que ele está preocupado com o Federal Reserve (FED), o banco central americano, e o Banco Central Europeu (BCE), que segundo ele, estão "atrás da curva", termo econômico que descreve um BC atrasado no combate à inflação.

"O FED está bem atrás da curva, BCE também. Estou muito preocupado sobre vocês aqui, a inflação está chegando, o FED está dormindo no volante e a inflação global está chegando", afirmou.

Desde outubro de 2016, a Petrobras adota a política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço dos derivados de petróleo ao mercado internacional. Após cinco anos da mudança, o combustível no Brasil concentra a maior alta da história, superando a inflação em mais de 30%.

A estatal diz monitorar o conflito e que vai manter a política de preços, afirmando que a recente queda do dólar compensa a alta do petróleo.

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