Taxas de juros continuam em alta em janeiro
Luciano Rocha
Taxas de juros continuam em alta em janeiro

O Banco Central (BC) divulgou nesta quinta-feira (24) que as taxas de juros médias cobradas pelo mercado continuaram a subir em janeiro depois de superarem a alta da Selic em 2021.

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Segundo os dados do BC, a taxa média de juros cobrada em janeiro ficou em 35,3% ao ano, acima dos 33,8% registrados em dezembro. Para comparação, em janeiro do ano passado, essa média estava em 28,4%. Essas taxas consideram os recursos livres.

Desde então, a taxa básica de juros, a Selic, que é utilizada como base por instituições financeiras para definir os juros de cada modalidade, subiu de 2% para 10,75%. O movimento faz parte de uma tentativa do Banco Central para controlar a inflação.

Para pessoas físicas, o patamar é um pouco mais alto. Em janeiro, a média dos juros cobrados ficou em 46,3%, acima dos 45% do mês anterior. Já para as empresas, o valor subiu de 19,7% em dezembro para 21,3% em janeiro.

Uma das modalidades que ficou mais cara foi o crédito consignado, por exemplo, que subiu de 21,4% ao ano em dezembro para 23% em janeiro. No primeiro mês de 2021, a taxa estava em 18,9%.

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Já a modalidade mais cara do mercado, do cartão de crédito rotativo, teve uma queda de janeiro em relação a dezembro, de 347,4% ao ano para 346,3%, mas ainda é bem superior ao registrado em janeiro de 2021, quando os juros médios estavam em 329,7%.

No caso das empresas, o capital de giro registrou alta nos juros médios de 20,7% em dezembro para 22,3% no mês seguinte. Em janeiro de 2021, a média estava em 16,5% ao ano.

Concessões em alta

Apesar dos juros mais altos, as concessões de crédito continuam em alta mesmo em modalidades mais caras. O rotativo do cartão de crédito registrou R$ 25,8 bilhões em janeiro, acima do valor de dezembro, que já era o maior da série histórica.

Com ajuste sazonal, a concessão de janeiro chegou a R$ 404,1 bilhões. No caso das empresas, o capital de giro foi responsável por R$ 21,2 bilhões de concessão, enquanto o desconto de duplicatas e recebíveis chegou a R$ 51,5 bilhões.

A taxa de inadimplência continua em um patamar abaixo do que estava antes da pandemia, apesar de ter subido desde janeiro de 2021. Atualmente está em 3,3%, com o índice de pessoas físicas em 4,6% e de empresas em 1,6%.

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