Em campanha, o provável pré-candidato do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, tem defendido em entrevistas que o valor de R$ 400 do Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família criado na sua gestão, é baixo. Em outubro, o petista sugeriu que o valor fosse de R$ 600, assim como a primeira leva do auxílio emergencial.
“Tô vendo agora o Bolsonaro dizendo que vai dar auxílio emergencial de R$ 400 que vai durar até o final do ano que vem. Tem muita gente dizendo que não podemos aceitar, é auxílio emergencial eleitoral", disse Lula.
"Não, eu não penso assim. Penso que faz mais de 5 meses que o PT pediu um auxílio de R$ 600. Aliás, o PT pediu e mandou uma proposta para a Câmara dos Deputados de um novo Bolsa Família de R$ 600. O que queremos é que o Bolsonaro dê um auxílio emergencial de R$ 600. ‘Ah, ele vai tirar proveito disso’, é problema dele”, completou.
O vice-líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), apresentou emenda à medida provisória do "novo Bolsa Família" sugerindo o valor maior, mas foi recusada. O projeto acende a tese que, se eleito, Lula seguirá a orientação que o partido assumiu durante as discussões do Auxílio Brasil.
Leia Também
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia.
"Se alguém acha que vai ganhar o povo porque vai dar salário emergencial de R$ 600, paciência. Eu acho que o povo merece os R$ 600 e ele tem que dar, não tem que ficar inventando, e nós reivindicamos isso. Não podemos querer que o povo continue na miséria por causa das eleições de 2022", publicou Lula nas redes sociais.
Lula defende que apenas a concessão da mensalidade não é o suficiente para auxiliar os mais pobres, é preciso fornecer condições para que eles se integrem ao mercado de trabalho e consigam se tornar independentes.
Atualmente o petista não toca no assunto de benefícios sociais e dá prioridade ao debate do emprego. Sua principal proposta é a revogação da reforma trabalhista , aprovada em 2017 durante o governo Temer.