Como o Sistema Valores a Receber (SVR), do Banco Central (BC), dividiu por etapas a consulta aos R$ 8 bilhões "esquecidos" nos bancos, não ter nada a receber agora não significa que a pessoa não tenha algum recurso "perdido". As próximas etapas do sistema, que serão implementadas a partir de maio, podem fazer com que as pessoas que estavam "zeradas" agora tenham algum valor a receber no futuro.
Isso ocorre porque o BC vai ampliar gradativamente as consultas aos valores que estavam perdidos, que começou nesta segunda-feira. Além disso, a autoridade monetária também informou que o sistema será permanente.
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Nesta primeira fase, estarão disponíveis para devolução R$ 3,9 bilhões para 28 milhões de pessoas ou empresas que tinham saldos residuais em contas-correntes, por exemplo. As próximas etapas, a partir de maio, permitirão a consulta e resgate dos R$ 4,1 bilhões restantes.
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Nesta primeira fase, as pessoas podem consultar se tem dinheiro a receber caso se enquadrem nestas situações:
- Contas de depósitos (conta corrente ou conta poupança) encerradas com saldo disponível;
- Tarifas cobradas indevidamente;
- Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente. Neste caso, somente os recursos de instituições que assinaram um termo de compromisso com o Banco Central estarão disponíveis;
- Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito;
- Recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados;
- Outras situações que impliquem em valores a devolver reconhecidas pelas instituições.
As próximas etapas vão incluir as consultas de valores a receber nos seguintes casos:
- Recursos de tarifas e parcelas relativas a operações de crédito mesmo que não haja um termo de compromisso assinado pela instituição financeira com o BC;
- Saldos de contas de pagamento, sejam pré-pagas ou pós-pagas;
- Contas encerradas em corretoras ou distribuidoras de títulos mobiliários.
Site exclusivo
A consulta será feita pelo Sistema de Valores a Receber (SVR), que originalmente ficava no portal do BC. Com a sobrecarga de acesso em janeiro, no entanto, o órgão decidiu criar um site exclusivo. Até agora, R$ 900 mil já foram resgatados. O dinheiro é transferido por Pix.
Além de um novo site, a criação de um log in e senha para acessá-lo também será diferente. O acesso por meio do Registrato não vale mais. Neste momento, é preciso apenas CPF e data do nascimento. Será necessário fazer um cadastro no portal Gov.br para fazer o resgate dos recursos, caso a empresa tenha valores a receber.