A montadora Tesla sofreu um processo de uma agência estadual da Califórnia após centenas de funcionários relatarem discriminação racial na fábrica de Freemont, na Baía de São Francisco.
Segundo o New York Times, o Departamento de Empregabilidade e Habitação Justas da Califórnia (DFEH, na sigla em inglês) apontou que funcionários sofrem insultos raciais de supervisores e lidam com suásticas gravadas no banheiro e caricaturas depreciativas de negros desenhadas pela fábrica.
A empresa do bilionário Elon Musk é acusada também de designar negros para posições inferiores, mais exaustivas, e dificultar promoções.
"Após receber centenas de reclamações de trabalhadores, DFEH encontrou provas de que a fábrica de Fremont da Tesla possui um ambiente de trabalho racialmente segregado, onde funcionários negros são submetidos a injúrias raciais e discriminados em tarefas, disciplinas e promoções, criando um ambiente hostil de emprego", afirmou o diretor do departamento, Kevin Kish, em um comunicado. "Os fatos deste caso falam por si", completou.
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A Telsla disse em nota que é “veementemente contra” todas as formas de discriminação e assédio e contestou o processo alegando que já foi investigada e nada foi encontrado.
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“Isso prejudica a credibilidade da agência que agora alega, após uma investigação de três anos, que discriminação sistemática racial e assédio existam de alguma forma na Tesla”, falou a companhia. “Uma narrativa criada pelo DFEH e um punhado de empresas para gerar publicidade não é prova factual.”
A companhia diz ainda que conta com “força de trabalho majoritariamente composta por minorias” e descreveu o processo como contraprodutivo “em um momento em que empregos manufatureiros estão deixando a Califórnia”.
Em outubro do ano passado, a montadora precisou pagar US$ 137 milhões (R$ 747 milhões) para um funcionário que alegou tratamento desigual por ser negro . Um juiz de São Francisco, na Califórnia, proferiu decisão favorável a Owen Diaz, ex-empregado da multinacional.