A montadora de carros elétricos Telas, do bilionário Elon Musk, precisará pagar US$ 137 milhões (R$ 747 milhões) para um funcionário que alegou tratamento desigual por ser negro. Um juiz de São Francisco, na Califórnia, proferiu decisão favorável a Owen Diaz, ex-empregado da multinacional, informa a agência Bloomberg.
Seu advogado, Lawrence Organ, do California Civil Rights Law Group, disse em uma entrevista na noite de segunda-feira: “É ótimo quando uma das corporações mais ricas da América precisa ter um cálculo das condições abomináveis em sua fábrica para os negros”.
“Demorou quatro longos anos para chegar a este ponto”, disse ele. “É como se um grande peso tivesse sido tirado dos meus ombros”, completou o advogado.
Segundo Owen Diaz, que era operador de elevador na fábrica da Tesla em Fremont, Califórnia, em 2016, um supervisor e outros colegas se referiam a ele repetidamente com injúrias raciais.
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Ele também disse que os funcionários desenharam suásticas e rabiscaram um epíteto racial em um banheiro e deixaram desenhos de caricaturas depreciativas de crianças negras pela fábrica. Apesar das repetidas reclamações, a empresa pouco fez para lidar com o comportamento.
“Não é como se eles estivessem removendo o comportamento ofensivo, eles apenas deixariam as pessoas continuarem adicionando e adicionando”, disse Diaz ao New York Times.
Uma gerente de recursos humanos da empresa participou do julgamento para defender a Tesla. Ela alegou que as ofensas eram proferidas "de forma amigável".
Segundo o NY Times, fão ficou claro se Tesla planeja apelar da decisão.