Depois que a Petrobras anunciou o primeiro aumento no preço dos combustíveis em 2022, os governadores decidiram que vão descongelar o valor do ICMS incidente a partir de fevereiro. A decisão revoltou o presidente do Sindtanque-MG (Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais), Irani Gomes, que promete entrar em greve se a medida se concretizar.
Ele disse ao site Poder360 que uma paralisação é "inevitável".
“A categoria está indignada e sem condições para trabalhar. Pedimos encarecidamente aos governos federal e estadual que adotem medidas emergenciais para mudar esse quadro. Caso contrário, não teremos alternativa, vamos suspender as atividades”, disse Gomes em comunicado do sindicato.
O valor do ICMS cobrado sobre combustíveis foi congelado por 90 dias, prazo que se encerra no dia 31 de janeiro e o Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, dos Estados e do Distrito Federal) votou por não prorrogar a desoneração.
Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema prometeu reduzir a alíquota do imposto estadual de 15% para 12%, mas até o momento não cumpriu.
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“Esperamos que o governador cumpra com esse compromisso e atenda, de uma vez por todas, a essa antiga reivindicação dos transportadores, aproximando o ICMS do diesel em Minas com o de estados do Sudeste“, disse em nota enviada ao Poder360.
O sindicalista também criticou a política de preços da Petrobras de equiparar o preço no mercado nacional ao barril internacional.