Hugo Leal
Michel Jesus/ Câmara dos Deputados
Hugo Leal

O relator-geral do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal, concedeu entrevista ao jornal O Estado de São Paulo e negou que haja espaço para reajuste dos servidores federais, como prometeu o presidente Jair Bolsonaro. Ele também defendeu que não haverão negociações secretas por emendas. 

O presidente estuda uma maneira, junto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, de elevar o salário de todos os servidores federais em  "pelo menos 1%" em 2022. 

O relator considera a medida importante, mas a possibilidade é "muito difícil" por se tratar de uma despesa permanente. Ele ressaltou que a prioridade do relatório é continuar atendendo a saúde e os benefícios de caráter social. 

Leal, no entanto, garantiu outros gastos permanente do  "pacote eleitoral" de Bolsonaro dentro do texto. 

"Vale-gás dá R$ 1,92 bilhões e nós estamos buscando espaço para ele também", disse. "O vale-diesel eu acho que o governo já encampou. Eu acho que o governo já encampou e colocou em algum outro benefício. Não veio (no ofício). Eu não especifiquei o vale-diesel e ele deve ter colocado em alguma outra rubrica específica", adicionou.

Emendas

Quanto à continuidade das negociações secretas por emendas do relator , Hugo Leal disse que os  R$ 16 bilhões estipulados pelo Congresso para as RP9s e 2022 precisa ser fiscalizado.

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"Eu achei ótimo [pessoas comentando o tema] porque eu tenho certeza que quanto mais luzes nós tivermos luzes sobre o orçamento público quanto mais pessoas fiscalizando e olhando é melhor. Não só pelas emendas de relator. Elas são um universo muito pequeno perto do que estamos discutindo de Orçamento", afirmou o parlamentar.

"A resolução é muita clara e fala que o relator poderá realizar indicações para execução das programações oriundas de solicitações recebidas de parlamentares, agentes públicos e da sociedade civil. Não vai ter secreto", completou.

Essas emendas deverão atender 22 áreas pré-definidas pelo relator, como saúde, defesa, investimento, ações de ciência e tecnologia e de defesa civil.

Em entrevista à revista Veja, ele também disse que  apoia a apuração de desvios como o do deputado Josimar Maranhãozinho (PL) , flagrado com maços de dinheiro de emendas. 

"Veja bem, nós somos responsáveis pela elaboração, pela votação e acompanhamento das emendas. Deputado não tem de se envolver na execução. Quando há desvio, tem de ser investigado", disse. "O que não pode é criminalizar o trabalho político", completou. 


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