Rogério Marinho ministro do Desenvolvimento Regional
Divulgação/Ministério do Desenvolvimento Regional
Rogério Marinho ministro do Desenvolvimento Regional

Ao ser questionado sobre a taxa de trabalho informal no país, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou nesta terça-feira que um flanelinha no Leblon pode ganhar até R$ 4 mil por mês.

Em painel no 93º Encontro Nacional da Indústria de Construção, Marinho estava argumentando que há sim um grande número de pessoas na informalidade e que a análise deve levar em conta as diferenças regionais.

"Um flanelinha no Leblon ganha R$ 3 mil, R$4 mil por mês, o flanelinha, mas alguém que tá em Jucurutu no interior do meu estado (Rio Grande do Norte) tangendo animais, ganha R$ 200. É uma realidade completamente diferente, as pessoas têm que compreender isso para poder entender o país" disse o ministro na oportunidade.

Marinho ressaltou que no Brasil sempre houve uma grande massa de pessoas que trabalha na informalidade.

"Nós sempre tivemos pelo menos metade da nossa mão de obra na informalidade, isso não é nenhuma novidade", disse.

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O ministro se filiou ao PL nesta terça-feira junto com o presidente Jair Bolsonaro e pretende concorrer nas eleições do próximo ano.

O IBGE divulgou nesta terça-feira que o desemprego caiu no terceiro trimestre em relação ao segundo, mas ainda há 13,5 milhões de pessoas em busca de uma vaga. Além disso, a remuneração média teve uma queda histórica.

Outras falas polêmicas

A afirmação de Rogério Marinho se soma a outras falas polêmicas de integrantes do governo Bolsonaro durante esses últimos anos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse no início de 2020 que quando o dólar estava valendo menos empregadas domésticas estavam indo para a Disney e classificou a época como uma "festa danada".

O mesmo ministro também disse, mais de um ano depois, que Fies bancou universidade "até para filho de porteiro que zerou o vestibular".

Em outra ocasião, Guedes classificou servidores públicos como parasitas. Recentemente, a fala foi lembrada pelo próprio ministro, que negou ter xingado funcionários públicos.

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