Promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o 13º salário do Bolsa Família também não deve ser pago neste ano. Em 2019, os beneficiários do programa receberam o abono como parte da Medida Provisória 898/1, que determinava o pagamento apenas em dezembro daquele ano. No ano passado, no entanto, isso não aconteceu, e o mesmo deve se repetir em 2021.
Na ocasião em que a MP foi aprovada, o relator da matéria, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), propôs o pagamento do benefício extra todos os anos e o estendeu também para quem recebia o Benefício de Prestação Continuada (BPC). No entanto, apesar de ter sido aprovada em comissão especial, a proposta não foi votada nos plenários da Câmara e do Senado até a data de sua validade.
Em 2020, Bolsonaro disse que o não pagamento da 13º parcela do Bolsa Família era culpa do então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Você está reclamando do 13º do Bolsa Família, que não teve. Sabia que não teve este ano? Foi promessa minha? Foi. Foi pago no ano passado? Mas o presidente da Câmara deixou caducar a MP“, disse ele em uma live no Facebook.
Maia, então, rebateu a acusação e ainda chamou o presidente de “mentiroso”. "Ontem, fiquei muito irritado porque nunca imaginei que em um País como o Brasil um presidente da República pudesse, de forma mentirosa, tentar comprometer a imagem do presidente da Câmara ou de qualquer cidadão brasileiro”, afirmou durante um discurso em plenário.
Neste ano, o Bolsa Família foi extinto e deu lugar ao Auxílio Brasil. Mesmo com a mudança, ainda não é certo que os beneficiários irão receber o 13º salário. Até o momento, o governo não se pronunciou sobre o assunto.
O novo programa começou a ser pago ontem , no valor de R$ 217,18. A expectativa do Planalto é de ampliar o benefício para R$ 400 no mês que vem. Esse aumento, no entanto, ainda depende da aprovação da PEC dos Precatórios , aprovada na última semana pela Câmara. O texto, agora, está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.