O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (22) que não pediu demissão do governo e nem o presidente Jair Bolsonaro insinuou isso. Essas especulações surgiram após o governo decidir alterar o teto de gastos para pagar um Auxílio Brasil de R$ 400 .
"Eu não pedi demissão. Em nenhum momento eu pedi demissão. Em nenhum momento o presidente insinuou qualquer coisa semelhante. Quando eu me referi ao André Esteves é porque eu soube que, enquanto eu estava lá fora, teve uma movimentação política aqui. Existe uma legião de fura-tetos, o teto é desconfortável", disse ele, em pronunciamento ao lado do presidente.
Guedes disse mais cedo que integrantes da ala política do governo Jair Bolsonaro procuraram o dono do banco BTG, André Esteves, para buscar nomes para o substituir.
A declaração de Guedes foi feita após um ato falho. O ministro anunciava que o seu assessor Esteves Colagno assumirá a secretaria do Tesouro e Orçamento do ministério . Nesse momento, afirmou que o "André Esteves" assumiria a função.
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Ao se corrigir, disse que integrantes da ala política do governo procuraram André Esteves em busca de nomes para o substituir. Entre esses nomes, disse Guedes, estava Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro Nacional.
Guedes disse também que trabalha num governo democraticamente eleito e elogiou os "princípios" de Bolsonaro.
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"Eu estou trabalhando com um presidente democraticamente eleito. Eu estou sendo condenado porque trabalho com um governo democrático. Eu acredito na democracia brasileira, na imprensa. Eu estou errado de não pedir demissão porque vão gastar R$ 30 bilhões a mais?"
O ministro disse também que a economia vai crescer acima das previsões em 2022, exaltando a importância de encontrar o equilíbrio entre o lado fiscal e a parte social.