Anúncio de um novo programa social que substituiria o Bolsa Família completa 500 dias nesta sexta-feira (22). Nesse período o benefício mudou de nome e de valor, mas segue só no papel.
Nessa data, o ministro Paulo Guedes, da Economia, anunciava a criação de uma renda básica. Na mesma ocasião, prorrogou o auxílio emergencial por mais dois meses. "Nós vamos começar agora uma aterrissagem com uma unificação de vários programas sociais e o lançamento de um Renda Brasil", disse à época.
Guedes dizia que o auxílio emergencial não passaria de 2020 e que manteria o Bolsa Família se fosse para criar um programa social "irresponsável". Nessa época, especulava-se o valor de R$ 232 para o programa, tirando recursos do abono salarial.
Depois de alguns meses sem o auxílio emergencial de R$ 600 a R$ 1.200, o governo decidiu prorrogar o benefício agora entre R$ 150 e R$ 375 enquanto definia parâmetros para o Auxílio Brasil.
Sem chegar a um consenso e já ventilando o valor de R$ 300 para o "novo Bolsa Família", o presidente Jair Bolsonaro decide trocar o nome de Renda Brasil para "Auxílio Brasil". "Estamos aprofundando de modo que teremos o novo programa, Auxílio Brasil, de pelo menos 50% maior que o Bolsa Família. Eu falo 50% porque os outros 50% vou deixar para o Paulo Guedes anunciar", disse.
Bolsonaro vai pessoalmente ao Congresso Nacional entregar a MP para criar o programa, mas não define valor nem fonte de recursos. Essas incertezas geraram mais uma prorrogação do auxílio emergencial, até novembro desse ano.
O projeto do Auxílio Brasil está há 73 dias parado no Congresso. A saída para pagar os R$ 400 prometidos deve ser mais uma PEC que permite despesas fora do teto de gastos. A equipe econômica fala em R$ 30 bilhões para bancar o aumento até dezembro de 2022. Entenda as consequências se o governo optar por essa solução. 👇