O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil lidou com o impacto da Covid-19 "muito melhor do que o esperado" e afirmou que o país está "bem posicionado para uma recuperação robusta e duradoura" da economia. A declaração foi feita em uma carta ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Nesta semana, o ministro está nos Estados Unidos para participar de reuniões da entidade e do Banco Mundial.
Guedes também chamou a atenção para a persistência das pressões sobre os preços em vários países e disse que o Banco Central do Brasil tem trabalhado em concordância com seu mandato para trazer a inflação de volta à meta em 2022.
Na última terça-feira (12), o FMI elevou em 7,9% a estimativa para a inflação no Brasil neste ano. No acumulado até setembro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 6,9%. Com isso, o país tem a terceira pior infação entre todos os países do G20 , ficando atrás somente da Argentina e da Turquia.
Em uma entrevista à CNN Internacional, o ministro da Economia disse que a inflação é sintoma da alta dos preços globais dos alimentos e de energia .
“A inflação está em todo o mundo. Metade da inflação é exatamente comida e energia. Por isso, nossa proteção [social] ainda está lá. Vamos manter essa proteção. Vamos aumentar a transferência direta de renda para população pobre para cobrir os preços dos alimentos e da energia”, afirmou Guedes referindo-se ao Auxílio Brasil, que deve ser lançado em novembro.