Em Washington para participar de conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI), o ministro da Economia, Paulo Guedes, concedeu entrevista à CNN Internacional e se defendeu das acusações sobre sua conta no exterior
, e disse que a inflação é sintoma da alta dos preços globais dos alimentos e de energia.
“A inflação está em todo o mundo. Metade da inflação é exatamente comida e energia. Por isso, nossa proteção [social] ainda está lá. Vamos manter essa proteção. Vamos aumentar a transferência direta de renda para população pobre para cobrir os preços dos alimentos e da energia”, afirmou Guedes referindo-se ao Auxílio Brasil, que deve ser lançado em novembro.
A inflação no país medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumula 10,25% em 12 meses , quase o dobro esperado pela meta do Banco Central, 5,25%.
Segundo a Folha de São Paulo, Guedes foi questionado sobre a condução do Brasil no combate ao novo coronavírus e a marca de mais de 600 mil mortos pela Covid-19 e disse que o país priorizou vidas e o resto é "barulho político".
“Gastamos mais salvando vidas que vocês [Estados Unidos]. Gastamos mais dinheiro salvando vidas que países desenvolvidos. 10% mais. E usamos o dobro de gastos para preservar vidas que a média dos países emergentes”, afirmou ele.
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Sobre a sua offshore, Guedes disse que os recursos foram obtidos de forma legal e que a empresa foi declarada à Receita Federal. “Eu não fiz nada de errado”, disse o ministro.
"A offshore é legal, reportada para o Comitê de Ética da presidência, é declarada para a Receita Federal e também registrada no Banco Central. Eu deixei o conselho da empresa semanas antes de aceitar o cargo", afirmou.