Disputa por herança de US$ 15 bi de Joseph Safra pode estar perto do fim
Marcos Ramos/Agência O Globo
Disputa por herança de US$ 15 bi de Joseph Safra pode estar perto do fim

Alberto Joseph Safra e sua família estão perto de um acordo sobre o testamento de seu pai, o banqueiro bilionário brasileiro Joseph Safra, que poderia evitar litígios sobre uma fortuna de quase US $ 15 bilhões, disseram duas fontes com conhecimento do assunto na terça-feira para a agência Reuters.

Alberto contestou o testamento do pai em um tribunal de Nova York, alegando que Joseph, que sofria de mal de Parkinson e morreu em dezembro do ano passado aos 82 anos, não estava em condições de fazer as mudanças que foram realizadas no planejamento sucessório da família em 2019.

As alterações acabaram privando Alberto de sua parte na herança.

Ele argumentou na Justiça que havia sido deserdado, caracterização contestada por sua mãe, Vicky Safra, administradora do espólio de Joseph Safra, segundo documento protocolado na Justiça.

O jornal brasileiro O Estado de S. Paulo noticiou pela primeira vez as negociações em curso entre Alberto e sua família.

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Alberto e seus irmãos não quiseram comentar sobre este e outros assuntos financeiros.

Alberto, 41, é um dos quatro filhos de Joseph Safra. Os Safras possuem bancos no Brasil, Suíça e Estados Unidos, além de um portfólio imobiliário que inclui o edifício Gherkin, em Londres, além de uma fatia na Chiquita Brands International, com sedes na Suíça e nos EUA.

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Alberto renunciou ao conselho de administração do Banco Safra em novembro de 2019, após uma disputa com seu irmão mais novo, David.

Ele disse na época que lançaria seu próprio banco, o Banco ASA. Mas Alberto revisou seus planos e, em vez disso, abriu uma administradora de ativos, a ASA Investments.

Antes de contestar o testamento do pai no tribunal, Alberto discordou da política de dividendos da holding da família.

De acordo com a ata de uma assembleia geral realizada em maio pela J.Safra Holding SA, uma holding familiar que controla prédios comerciais e outros empreendimentos não financeiros, Alberto discordou da distribuição de dividendos nos níveis mínimos.

A holding pagou R$ 80 mil reais sobre um lucro de 85 milhões de reais. Alberto votou contra.

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