O governo diminuiu suas expectativas para as exportações e para o saldo da balança comercial este ano devido as variações de preços dos produtos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (01) pelo Ministério da Economia.
Em julho, a expectativa era que o país exportasse U$ 307,5 bilhões. Com a revisão, a projeção passou para US$ 281 bilhões, número 8,6% inferior.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, a revisão aconteceu porque houve uma desaceleração dos preços no último trimestre. Ele ressalta que o resultado ainda é um recorde da série histórica iniciada em 1989.
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"Em julho estávamos no auge do crescimento dos preços com essa recuperação da demanda mundial muito forte, influenciando muito o preço dos produtos, batendo recordes de preço de minério de ferro, combustível em alta, demanda por alimentos, isso influenciou muito o resultado", explicou o subsecretário.
Já o valor importado foi revisado para cima, de US$ 202,2 bilhões para US$ 210,1 bilhões. Segundo Brandão, foi uma alta de preços que contribuiu para a revisão, princnipalmente de derivados de petróleo no mercado internacional, além produtos como partes e peças e adubos fertilizantes.
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Brandão explica que devido à recuperação da economia, o mercado interno vem se aquecendo, o que aumenta a demanda por mais produtos importados.
"Há demanda aquecida principalmente por commodities energéticas, observamos crescendo gás natural liquefeito, óleos combustíveis fez com a previsão de importações crescesse".
Com isso, o saldo comercial também caiu. De US$ 105,3 bilhões esperados em julho, caiu para US$ 70,9 bilhões nesta divulgação. Ainda o maior valor da série histórica iniciada em 1989.