A companhia aérea Gol anunciou ao mercado nesta quinta-feira que vai receber um aporte de US$ 200 milhões (R$ 1,05 bilhão no câmbio atual) da American Airlines em troca de ações preferenciais emitidas pela empresa brasileira em um aumento de capital.
As duas empresas também vão ampliar o codeshare (compartilhamento de voos) existente entre ambas desde fevereiro de 2020, que inclui parceria entre os programas de fidelidade Smiles e AAdvantage. O acordo exclusivo vai durar pelos próximos três anos.
Com o investimento, a linha aérea americana receberá 22,5 milhões de ações preferenciais (sem direito a voto, mas com prioridade no recebimento de dividendos) a serem emitidas pela Gol, o que elevaria sua participação na companhia brasileira a 5,2%.
O valor a ser pago pela American será de US$ 9 por ação, o equivalente a R$ 47,03. O montante é 143% maior que a cotação dos papéis da Gol no pregão de quarta-feira, quando os papéis fecharam o dia vendidos a R$ 19,28. Também é maior que os R$ 35,68 de preço médio da ação da empresa brasileira durante o segundo semestre de 2019, o último antes da pandemia que afetou o setor aéreo em todo o mundo.
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O aumento de capital ainda deve ser aprovado pelo conselho de administração da empresa. Os demais detentores de ações preferenciais da Gol poderão, segundo a companhia, exercer a preferência e comprar (subscrever) uma parte das ações a serem emitidas proporcionalmente às suas participações existentes na companhia, o que evitaria uma diluição.
Entre os acionistas minoritários com papéis preferenciais da Gol, está a Delta. A companhia brasileira é controlada pela família Constantino por meio do fundo Vollutto, dono de todas as ações ordinárias (com direito a voto) da Gol, e do fundo de investimento em ações Mobi, detentor de 41,72% das ações preferenciais da empresa.