Servidores protestam contra privatizações e minirreforma trabalhista
Roberto Parizotti/CUT
Servidores protestam contra privatizações e minirreforma trabalhista

O governo Jair Bolsonaro (sem partido) criou um centro de monitoramento a greves no setor público federal e promete punir servidores que participarem de atos. A determinação foi publicada em portaria do Ministério da Economia em maio e deve ser utilizado pela primeira vez nas manifestações lideradas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).

"Constatada a ausência do servidor ao trabalho por motivo de paralisação decorrente do exercício do direito de greve, os órgãos e entidades integrantes do Sipec deverão processar o desconto da remuneração correspondente", determina a portaria.

A medida prevê que estatais ou órgãos vinculados pelo ao governo federal indiquem servidores que participam de greves para descontar o dia não trabalhado na remuneração dos trabalhadores. Sindicatos e entidades de defesa aos servidores consideram a portaria como assédio moral e ataque ao direito de greve.

Desde a última quarta-feira (17), servidores públicos estão em greve contra privatização de estatais e a aprovação da MP 1.045, que autoriza a redução de jornada, salários e suspensão de contratos de trabalho por mais 120 dias. Os grevistas também pedem o impeachment de Bolsonaro. 

Segundo a CUT, a mobilização acontece em todo o país e deve se estender até 7 de setembro, feriado de Independência do Brasil e data de mobilizações a favor do governo Jair Bolsonaro. Apoiam o movimento a Força Sindical (FS), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), entre outras.

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