Manifestações contra reforma administrativa acontece em 19 estados e no Distrito Federal
Roberto Parizotti/CUT
Manifestações contra reforma administrativa acontece em 19 estados e no Distrito Federal

Servidores e sindicatos de funcionários públicos de Alagoas realizaram nesta quarta-feira (18) uma manifestação em à casa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), contra a reforma administrativa. O ato faz parte de uma série de protestos realizados nesta semana contra a proposta em andamento no Congresso Nacional.

Os manifestantes se concentraram em frente ao prédio onde mora Lira, na orla da praia de Pajuçara, em Maceió, capital alagoana. O parlamentar, no entanto, está em Brasília e não acompanhou os protestos.

Lira é um dos maiores defensores da reforma administrativa e tenta agilizar a leitura do relatório da matéria para o fim deste mês. O presidente da Câmara é um dos porta-vozes do Palácio do Planalto no Congresso e deve tentar convencer os parlamentares a manterem o apoio à proposta.

Já sindicatos que representam funcionários públicos questionam a matéria e ressaltam os prejuízos para o setor público com a aprovação da medida. De acordo com os representantes, as mudanças provocaram insegurança ao servidor e a possibilidade de falta de interesse ao funcionalismo público.

A reforma administrativa é uma das agendas econômicas prioritárias do governo federal para melhorar a eficiência dos cofres da União. Segundo o Ministério da Economia, se aprovada, a reforma ajudará a reduzir os gastos federais e possibilidade de maior destinação de verbas para programas sociais.

Especialistas, entretanto, questionam os argumentos da pasta, embora ressaltem a necessidade de mudanças na relação entre o poder público e servidores. Na visão de professores ouvidos pelo iG, a proposta deveria ser mais estruturada e discutida para também favorecer e dar segurança aos funcionários da União. 

Protestos contra reforma administrativa

Servidores públicos foram às ruas em 19 estados e no Distrito Federal contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma administrativa nesta quarta-feira. Além disso, os manifestantes pedem o impeachment do presidente Jair Bolsonaro e a volta do auxílio emergencial de R$ 600.

Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a mobilização acontece em todo o país e deve se estender até 7 de setembro, feriado de Independência do Brasil e data de mobilizações a favor do governo Jair Bolsonaro. Apoiam o movimento a Força Sindical (FS), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), entre outras.

Também entrou na pauta dos protestos a "minirreforma trabalhista" no texto da Medida Provisória (MP) 1.045 , que regulamenta o programa de suspensão de contrato e redução de salário e jornada por mais 120 dias. Além disso, as entidades criticam a agenda de privatizações sem debate com a população.

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