O ministro da Economia, Paulo Guedes, atribuiu a um movimento de antecipação da eleição o travamento da agenda econômica. A avaliação dele é de que esse barulho repercute nos mercados e reverbera no Congresso, que precisa tocar outras agendas a despeito das reformas.
"Estávamos andando no caminho certo. Aí começou todo o barulho de dor da luta, a CPI, tentativa de impeachment do presidente, como é o barulho político. Está sendo antecipada a eleição. A eleição que é para o ano que vem foi antecipada para esse ano", afirmou ao programa Economia em Foco, da Jovem Pan.
E acrescentou:
"A democracia brasileira é barulhenta, as instituições são sólidas, são resilientes, mas os atores as vezes se excedem."
Guedes ainda destacou o trabalho do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmando que ele impôs um ritmo forte de mudança e o governo conseguiu aprovar vários projetos. Só em agosto os deputados já aprovaram a privatização dos Correios e se preparam para votar a reforma do Imposto de Renda.
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A avaliação de Guedes é de que a agenda travou no Senado:
"Enquanto isso, o Senado acabou bloqueado exatamente pela CPI da Covid. Ele mais ou menos deu uma travada nas reformas e está lá resolvendo o seu problema político."
Para ele, apesar desse travamento, a retomada da economia brasileira vai se reafirmar ao longo dos próximos meses.