Paulo Guedes afirmou que previsões do FMI são 'lambanças'
Fernanda Capelli
Paulo Guedes afirmou que previsões do FMI são 'lambanças'

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira, em reunião da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, que “não dá muita bola” para o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele disse conhecer os técnicos da organização há muito tempo e que eles gostavam de vir ao Brasil para “comer feijoada e goiabada”, enquanto propunham acordos que o país não cumpria.

O comentário foi feito quando o ministro abordou a taxa de crescimento econômico do Brasil. A previsão de expansão da economia do país, segundo ele, está acima da média da América Latina. Enquanto na região se fala em crescimento de 4%, no Brasil as projeções são de 5,5%, disse.

"Eu não dou muita bola para o FMI, não. Eu conheço o FMI desde que eu era jovem. Eles vinham aqui. Eles gostavam muito de goiabada, feijoada, futebol. Eles adoravam vir ao Brasil. E ficavam assinando acordos que nós nem cumprimos e eles também não estavam muito interessados se nós íamos cumprir ou não", afirmou o ministro.

Questionado em seguida mais uma vez sobre o órgão, ele repetiu a declaração:

"Quanto à feijoada do FMI, eu me referi à forma pouco séria de tratar os acordos. Eu não fiz acordo nenhum. Nunca. Acordo nenhum com o FMI. Eu era um economista jovem observando a falta de seriedade no cumprimento de acordos de parte a parte. Eram acordos antes mesmo do regime democrático, no do general Figueiredo", respondeu o ministro.

Ao lembrar desse período, Guedes disse que os acordos não eram cumpridos por causa dos dois lados, tanto do FMI quanto do Brasil das décadas de 1980 e 1990.

" O FMI gostava realmente da feijoada e da goiabada aqui, e dos jogos de futebol que eles vinham assistir no Brasil", disse o ministro.

Guedes repetiu que o FMI fez uma “lambança” no ano passado com previsões do desempenho da economia brasileira: uma queda de 9,1%, quando o dado efetivo foi uma retração de 4,1%, afirmou.

"O FMI fez uma lambança. O FMI veio ao Brasil. E eu descredenciei a missão", afirmou.

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