Em pronunciamento nacional em rádio e TV, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, defendeu a privatização dos Correios considerando-a fundamental para fortalecer a empresa "que presta serviços importantes por todo o país".
O ministro ressaltou que com a retomada das atividades do Congresso nesta semana, a privatização entra em pauta e pediu o apoio de deputados e senadores para que deem atenção ao tema, considerado prioridade para o governo Jair Bolsonaro.
Segundo ele, o primeiro ponto do projeto de privatização trata da universalização dos serviços postais, obedecendo ao comando constitucional de que todo brasileiro deve ter acesso aos serviços.
"Esse é um compromisso do Presidente Bolsonaro", diz, acrescentando que a autorização para a privatização, que será votada na Câmara, é resultado de um longo trabalho.
Primeiro, segundo ele, consultorias apoiaram o BNDES num estudo detalhado sobre o que precisa ser preservado e melhorado na empresa e nos serviços. Depois, na Câmara, o projeto de lei dos Correios foi aprimorado, estabelecendo limites de preço e uma tarifa social, que garantirá os serviços mesmo para pessoas que não podem pagar por eles.
O ministro afirmou ainda que a proposta também teve cuidado com a transição da empresa para a nova gestão, prevendo um período de estabilidade para todos os funcionários.
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Fábio Faria ressaltou que a corrupção prejudicou a empresa, transformando os Correios em destaque não pelas entregas de qualidade.
"Quem não se lembra dos escândalos do Mensalão e do Postalis, que causaram bilhões em prejuízos para os brasileiros", afirmou, destacando o lucro de R$ 1,5 bilhão em 2020, o que foi atribuído ao trabalho de melhorias na gestão, transparência e regras mais rígidas de combate à corrupção.
O ministro disse também que mesmo com muito trabalho e seriedade, o faturamento é insuficiente frente ao que precisa ser investido todos os anos. Segundo ele, são necessários R$ 2,5 bilhões por ano em investimentos para que os Correios permaneçam competitivos e possam disputar mercado com outras empresas de logística e entregas que já operam no país.
Com a privatização, disse o ministro, os Correios vão conseguir crescer e competir, gerar mais empregos, desenvolver novas tecnologias, ganhar mais eficiência, agilidade e pontualidade.
"Somente assim os Correios poderão manter a universalização dos serviços postais, que significa estar presente em todos os recantos do país, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, servindo a todos os brasileiros, como prevê a Constituição."