A Câmara dos Deputados
aprovou ontem (19) a Medida Provisória (MP) de desestatização da Eletrobras
. A bancada de Oposição tentou, no Supremo Tribunal Federal (STF)
, barrar a proposta, mas sem sucesso
. Uma das deputadas contrárias, Gleisi Hoffmann (PT), anunciou que num eventual governo do Partido dos Trabalhadores, espera a estatização
da empresa.
“O plenário voltará a discutir esse tema, quando nós, de novo, reestatizarmos a Eletrobras, se ela for privatizada aqui. Porque essa (a reestatização) é a única saída”, afirmou a presidente do PT em discurso.
De acordo com a deputada, a venda de estatal está fundamentada num falso argumento de investimento no setor. Além disso, afirmou ser mais um "crime" do "presidente de extrema direita", Jair Bolsonaro.
Segundo Gleisi, a partir de 2023, quando for quitada a dívida da hidrelétrica da Itaipu Binacional, haverá “um enorme superavit” que poderá ser investido em todo o sistema elétrico brasileiro para “darmos segurança energética e para desenvolvermos o País”.
O ex-presidente Lula publicou no Twitter uma nota criticando a privatização da estatal. Segundo ele, a venda é "entregar de bandeja" um "inestimável patrimônio duramente construído pelo povo brasileiro" ao capital privado.
Lembrou também do papel que a empresa desempenhou no programa "Luz para Todos", criado em seu governo, e alertou para o possível risco de apagões.