O ex-presidente da petroquímica Braskem e da empresa de celulose Eldorado Brasil, José Carlos Grubisich admitiu nesta quinta-feira (15) que participou do esquema de pagamento de propinas que foi revelado pela Operação Lava-Jato .
A confissão aconteceu em uma audiência no tribunal federal do Brooklyn, em Nova York, e Grubisich pode ser sentenciado a até dez anos de prisão, segundo comunicado divulgado pelo Departamento de Justiça americano (DoJ).
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Grubisich assumiu ter participado de um esquema que desviou US$ 250 milhões (R$ 1,404 bilhão) da Braskem para subornar funcionários públicos e partidos brasileiros. A intenção, apontam as investigações, era garantir os interesses da companhia. O réu também admitiu ter prestado informações falsas nos registros financeiros da empresa.
A Braskem firmou um acordo de leniência com autoridades no Brasil, Estados Unidos e Suíça, assim como sua controladora, a Novonor, o novo nome da Odebrecht. Ou seja, caso colabore nas investigações ou admita sua culpa no processo, a petroquímica teria certos benefícios, como o livramento de punições judiciais e multas.
Em um comunicado oficial, o procurador do distrito leste de Nova York, Mark J. Lesko, afirmou que o executivo brasileiro “abusou de sua posição como presidente da Braskem para facilitar e ocultar o pagamento de milhões de dólares em subornos para que a Braskem pudesse aumentar seus lucros, com benefícios pessoais também a executivos da companhia, incluindo Grubisich”.