O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) retomou as críticas aos lockdowns e medidas de contingenciamento ao novo coronavírus tomadas por prefeitos e governadores em todo o país. Durante uma visita a Aparecida do Norte (SP), o chefe do executivo atribuiu aos governantes locais a responsabilidade pelo desemprego, pela fome no país e disse que "mais grave que a pandemia, foi a mesquinhez de alguns governadores pelo Brasil".
A declaração veio de um vídeo postado pelo presidente em suas redes sociais. Na filmagem, o presidente está ao lado do prefeito Luiz Carlos Siqueira (Podemos) e comenta sobre a ausência de peregrinos na cidade por conta do vírus e do envio de cestas básicas ao local.
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Não é a primeira vez que o presidente critica as políticas de distanciamento social. Na última quarta-feira (14), Bolsonaro declarou que o Brasil "está no limite" quanto aos efeitos econômicos das medidas contra a disseminação do vírus. Ele alegou que existem pedidos para que ele tome uma "providência" e que espera "o povo dar uma sinalização", mesmo que não tenha anunciado o que poderia acontecer.
O presidente ganhou uma estátua de Nossa Senhora Aparecida do prefeito da cidade. O mandatário afirmou disse esperar que o país volte à normalidade o mais rápido possível e completou que, para isso, fará o que for preciso.
"Temos aqui o presidente da Ceagesp, o coronel Melo Araújo, que, atendendo um clamor que foi visto na internet do prefeito, formalizou a ida de alguns caminhões de mantimentos para ajudar nesse momento difícil que o povo lá atravessa. A gente pede a Deus que isso volte à normalidade o mais breve possível, porque só assim o Brasil pode caminhar com suas pernas e voltar àquele Brasil tão sonhado por nós há pouco tempo. Porque teve esse problemas da pandemia, mas, mais grave que a pandemia foi a mesquinhez de alguns governadores pelo Brasil. Estamos irmanados e, no que depender do governo federal, nós faremos o Brasil brevemente retornar à normalidade", concluiu.
Mais cedo no mesmo dia, Bolsonaro compareceu à passagem do Comando Militar do Sudeste em São Paulo. Na ocasião, ele reforçou que o Brasil pode contar com as Forças Armadas e que a "nação tem por vocação a liberdade acima de tudo".