Uma semana após o governo anunciar o novo auxílio emergencial, com valor menor do que o do ano passado , governadores de 16 estados enviaram uma carta aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, defendendo que o benefício volte a ter o valor de R$ 600.
A volta do auxílio , liberada recentemente pelo governo federal após meses sem pagamentos, prevê depósitos de R$ 150 a R$ 350, redução que, na avaliação dos chefes dos estados, é "inadequada para a eficácia da proteção da população".
"Temos o cenário dramático de quase 300 mil vidas perdidas. Diariamente, vemos recorde de mortes, lotação de leitos hospitalares, ameaça de falta de medicamentos e esgotamento das equipes de saúde", diz um trecho da carta de governadores que argumenta pedindo a volta do auxílio de R$ 600 .
Os governadores pedem a Arthur Lira e Rodrigo Pacheco adoção das providências necessárias para garantir a renda e a segurança da população, associando auxílio e distanciamento social. Os chefes dos estados dizem ainda que apoiam a iniciativa de 300 organizações que compõem a " Campanha Renda Básica que Queremos ".
"Agir contra esse cenário requer medidas sanitárias e garantia de uma renda emergencial. Somente com essas medidas seremos capazes de evitar o avanço da morte. Enquanto a vacinação não acontecer em massa, precisamos garantir renda para a população mais vulnerável", dizem os governadores.