O grupo de empresários Movimento Convergência Brasil , articula no Congresso Nacional a criação de uma renda básica , mesmo após a volta do auxílio emergencial . A ideia é levar parte dos recursos obtidos com as privatizações e com as reformas para as famílias mais vulneráveis.
O grupo foi criado no ano passado, e após a eleição para a presidência de Arthur Lira (PP-AL), começou a planejar a criação da medida. O novo presidente afirmou que as reformas serão prioridade, e conseguiu aprovar a PEC Emergencial.
O grupo é liderado por Elvaristo do Amaral
e tem como apoiadores Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau, Hélio Magalhães, ex-presidente do Citi e presidente do conselho de administração do Banco do Brasil, Helena Nader, vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências, Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo, e Fabio Barbosa, membro do Conselho das Nações Unidas, entre outros.
Segundo apuração do Estadão, representantes do grupo conversaram recentemente com o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), sobre a proposta. A ideia é tranferir 30% de todas as economias obtidas com as reformas para o plano de renda básica.
A estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é que a economia com os servidores pode alcançar impactos de R$ 202,5 bilhões a R$ 318,5 bilhões em dez anos, a depender do alcance das medidas.
O grupo defende também a privatização de todas as estatais, inclusive Petrobras e Banco do Brasil. Os recursos seriam colocados no BNDES e a cada ano, 5% ou 10% seriam sacados para bancar o programa de renda básica.