Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, e o ministro da Economia, Paulo Guedes
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - 13.3.19
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, e o ministro da Economia, Paulo Guedes

A revista britânica The Banker elegeu o brasileiro  Roberto Campos Neto como o presidente de banco central do ano. A escolha se deve à atuação do presidente do Banco Central do Brasil no combate aos efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus e à agenda de inovações adotada por Campos Neto no ano passado, como a adoção do sistema de transferências Pix .

Campos Neto foi escolhido o melhor banqueiro central nas categorias Mundo e Americas. A The Banker, editada pelo grupo do jornal britânico Financial Times, é considerada a mais importante revista do mundo sobre o setor bancário. A escolha da edição 2021 do prêmio foi definida pela publicação no dia 31 de dezembro de 2020.

A revista cita que o Brasil conseguiu chegar ao fim de 2020 como um dos países mais atingidos pela Covid-19, mas com uma contração da economia abaixo dos mais de 9% previstos no início do ano. Projeções indicam que a queda do PIB ficou abaixo de 4,5%.

Para a The Banker, colaborou para isso a série de medidas do Banco Central para aumentar o acesso a crédito e manter a liquidez financeira na economia. A revista destaca que programas de aumento da liquidez do BC conseguiram mobilizar recursos cm o potencial de viabilizar um incremento do crédito de até 20% do PIB. Também menciona a obtenção de autorização do Congresso para comprar e vender ativos financeiros.

"A instituição monetária respondeu à crise tomando medidas sem precedentes e efetivas para assegurar que a liquidez não secasse no sistema financeiro e tomou ações específicas em seguida para que as companhias, particularmente pequenas empresas, pudessem continuar operando", afirmou a publicação.

Em entrevista à The Banker, o presidente do BC afirmou que, entre março e novembro, novas operações de crédito para grandes empresas somaram US$ 113 bilhões, enquanto o crédito para pequenas e médias empresas teve incremento de US$ 97 bilhões. "As medidas para crédito e suporte de liquidez tiveram um impacto positivo no mercado de crésito e ajudaram a economia brasileira a se recuperar", disse Campos Neto à revista, prevendo crescimento de 3,5% da economia brasileira em 2021.

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