Depois do caso envolvendo a promoção de 606 procuradores federais da Advocacia-Geral da União (AGU), revogada após a reação contrária, parlamentares já se articulam para ampliar o escopo da reforma administrativa . A ideia é incluir servidores da ativa na reforma e vetar promoções automáticas em carreiras que não foram contempladas na proposta do Executivo.
O texto de reforma administrativa encaminhado ao Congresso no início do mês prevê o fim das promoções automáticas, mas blinda membros de Poderes, como procuradores e juízes, e só vale para servidores que forem contratados depois que as novas regras entrarem em vigor.
A proposta do governo Bolsonaro, que dá poder ao presidente , prevê, dentre outras coisas, que as promoções de servidores passam a ser apenas por mérito. Em novos concursos, os servidores que não são das chamadas carreiras típicas de Estado serão contratados sem previsão de estabilidade . O benefício fica restrito a carreiras como auditores fiscais, diplomatas e delegados da Polícia Federal, por exemplo, que terão estabilidade garantida após três anos.
A articulação dos parlamentares após a polêmica na AGU é para incluir os servidores atuais nas mudanças, vetando promoções automáticas e outros benefícios hoje previstos, que a reforma não impediria por afetar apenas os futuros funcionários públicos.