Guedes disse que prorrogação do auxílio emergencial, agora de R$ 300, será 'última camada de proteção'
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Guedes disse que prorrogação do auxílio emergencial, agora de R$ 300, será 'última camada de proteção'

Nesta terça-feira (1), o ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou o corte pela metade na prorrogação  do auxílio emergencial, de R$ 600 para R$ 300, de "aterrissagem suave". Além disso, Guedes disse que a medida no auxílio emergencial será uma das "últimas  camadas de proteção que nós estamos lançando".

— O auxílio emergencial estava em torno de R$ 600 para 64 milhões de brasileiros. Então, é uma tentativa de aterrissagem suave agora, descendo para R$ 300, quatro prestações até o final do ano. Ainda no orçamento de guerra, são mais R$ 80 bilhões, quase R$ 90 bilhões, quer dizer, é bastante, mas mostrando, ao mesmo tempo, que essas são as últimas camadas de proteção que nós estamos lançando — afirmou.

A fala se deu em sessão virtual com o Congresso, na comissão que acompanha as ações governamentais de combate à pandemia de Covid-19. Hoje, foi anunciada a prorrogação do auxílio emergencial por mais quatro meses, mas em  parcelas de R$ 300.

Guedes havia participado, momentos antes no Palácio da Alvorada, do anúncio que garantiu a continuidade do  auxílio por um prazo maior.

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O ministro disse estar animado com as medidas que, segundo ele, deram alento aos  brasileiros de baixa renda e auxiliaram na preservação dos postos de trabalho, como o  auxílio emergencial e o programa de suplementação salarial, o benefício emergencial (BEm), que permitiu a empresas renegociar e suspender contratos, com o governo bancando um auxílio, e evitou demissões em massa.

— Nossas medidas foram vigorosas. O Brasil ficou um pouco acima da média dos países avançados e ficou em quase o dobro da média dos países emergentes. Isso foi o resultado de uma atuação conjunta do Executivo com o Congresso. Nós desenhamos essas medidas, mandamos para o Congresso, que aperfeiçoou, ampliou algumas, e isso foi implementado.

Guedes  afirmou que o BEm, a um custo de R$ 20 bilhões, salvou 11 milhões de empregos. De acordo com ele, no primeiro impacto da pandemia, em abril, foram perdidos 900 mil empregos. Em maio, 300 mil empregos; em junho, 30 mil empregos totalizando pouco mais de 1,2 milhão de empregos. Mas em julho, disse, os números cresceram novamente.

— A economia brasileira já está gerando empregos liquidamente, caracterizando essa volta em "v". Uma economia que cria 1,03 milhão de empregos em um mês é uma economia que já está voltando à atividade, mesmo que alguns setores ainda atingidos estejam perdendo 900 mil empregos. É importante registrar isso e principalmente o seguinte: sim, perdemos 1,2 milhão de empregos em três ou quatro meses, só que nós conseguimos preservar 11 milhões de empregos. Perdemos 1 milhão e preservamos 11 milhões de empregos no mercado formal – opinou.

— A população brasileira foi muito bem assistida do ponto de vista de auxílio aos vulneráveis, de auxílio para estados e municípios. Os recursos chegaram a quase R$ 200 milhões para as pessoas físicas, nesses auxílios emergenciais. Chegaram já a mais de R$ 100 milhões nesses programas de crédito. Então, a economia brasileira realmente é uma das que está reagindo melhor. É uma das que estão voltando a ver, e nós prosseguimos trabalhando para o ano que vem. Não podemos deixar esses recursos que vieram este ano extraordinariamente na PEC de Guerra virarem aumentos de salários para o ano que vem.  Não pode haver aumento de salários. Nós protegemos os mais vulneráveis, mas não pode agora haver aumento de salário para o funcionalismo — afirmou.

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