A economia brasileira caiu 11% entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano. Esta é a maior queda registrada desde 2003, quando se iniciou a série histórica do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) , que representa a prévia do Produto Interno Bruto ( PIB) . O dado foi divulgado nesta sexta-feira (14).
A queda recorde foi puxada por um tombo histórico em abril
, que chegou a 9,6%. Essa redução foi seguida de dois números positivos em maio, de 1,6% e junho, de 4,9%, que, no entanto, não foram suficientes para compensar o tombo. Na comparação com o mesmo mês de 2019, junho registrou queda de 7%.
Em junho, os números da produção industrial e do setor de serviços de junho apontam para uma recuperação . A indústria registrou um avanço de 8,9%, segundo mês consecutivo de resultados positivos. Já nos serviços, junho foi o primeiro mês positivo depois de quatro meses de queda.
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O resultado do IBC-Br do mês veio um pouco abaixo das projeções do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), que esperava um crescimento de 5,3% em relação a maio deste ano e uma queda de 6,8% na comparação com junho de 2019.
O IBC-Br é uma prévia aproximada do PIB calculada pela autoridade monetária e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic , que hoje está em 2% .
O índice incorpora informações sobre o nível de atividade em indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos .
Já o PIB , calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), é mais abrangente e também se baseia, por exemplo, em índices de orçamentos familiares e inflação. É a soma de tudo que foi produzido no país.