Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, enfrenta grave crise econômica
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Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, enfrenta grave crise econômica

A economia britânica encolheu um recorde de 20,4% no segundo trimestre, quando as paralisações devido ao novo coronavírus (Sars-Cov-2) foram mais duras, na maior contração já informada por qualquer grande economia até agora devido à pandemia.

Dados oficiais publicados nesta quarta-feira (12) também mostraram que a sexta maior economia do mundo entrou em recessão , já que encolheu pelo segundo trimestre seguido.

O número chega depois que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos sofreu a maior retração de sua história no segundo trimestre, encolhendo a um ritmo anualizado de 32,9% no período de abril a junho em relação ao anterior, a maior queda desde 1947, quando começaram a ser coletados os dados trimestrais.

Houve sinais de recuperação no mês de junho no Reino Unido, quando a produção cresceu 8,7% em relação a maio, disse a Agência Nacional de Estatísticas, pouco acima da expectativa de alta de 8% em pesquisa da Reuters .

A pior recessão da economia britânica desde que o governo começou a fazer os cálculos oficiais trimestrais em 1955 reflete as restrições de viagens e atividades desde a entrada em vigor do confinamento no país, em 23 de março, e que teve uma duração mais prolongada que na maioria dos países europeus.

O tamanho do impacto sobre o PIB pode retomar as questões sobre a maneira como o primeiro-ministro Boris Johnson lida com a Covid-19.

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"A recessão provocada pela pandemia de coronavírus levou à maior queda no PIB trimestral já registrada", disse Jonathan Atho, da agência de estatísticas. "A economia começou a se recuperar em junho... Apesar disso, o PIB em junho ainda permanece um sexto abaixo de seu nível em fevereiro, antes do vírus", completou.

Na semana passada, o banco central britânico projetou que levará até o último trimestre de 2021 para que a economia retome seu tamanho anterior, e alertou que o desemprego deve aumentar com força.

"Eu disse que tempos difíceis nos aguardavam, os números de hoje confirmam. Centenas de milhares de pessoas já perderam os empregos e, infelizmente, nos próximos meses muitas outras perderão também", afirmou o ministro das Finanças, Rishi Sunak.

A queda do PIB no segundo trimestre ficou quase exatamente em linha com a expectativa dos economistas em pesquisa da Reuters e superou o recuo de 12,1% na zona do euro e a queda de 9,5% na comparação trimestral nos Estados Unidos.

No primeiro trimestre do ano, o PIB britânico havia encolhido 2,2%, refletindo as paralisações que começaram em 24 de março.

O Reino Unido registrou o pior resultado da Europa no segundo trimestre, à frente da Espanha (-18,5%).

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