Pobreza piora no Brasil no período atual
Agência Brasil/Antônio Cruz
Pobreza piora no Brasil no período atual

De acordo com cálculos da consultoria LCA, em sete anos o brasileiro ficará 11% mais pobre. A recessão observada entre o fim de 2014 e 2016, a retomada lenta da economia nos anos seguintes e a recente  crise provocada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) são os fatores que fazem a queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.


O último ano de crescimento mais robusto da economia brasileira foi 2013. De lá para cá (2020) o PIB per capita passará de R$ 8.519 para R$ 7.559 e terá encolhido 11,3% no período.

O PIB per capita é a soma de tudo o que país produz dividido pela população. É um indicador que avalia a riqueza de um país. O PIB sobe quando a atividade econômica avança num ritmo mais rápido do que o crescimento populacional. 

A pesquisa da LCA leva em conta estimativas para o PIB trimestral e utiliza a média móvel de quatro trimestres, o que faz uma comparação mais justa.

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"A realidade é muito mais triste do que apenas esse dado. Nesse período, a média de crescimento do mundo foi de 4% ao ano", afirma o economista da LCA, Cosmo Donato. "É preciso levar em conta também o que o país deixou de crescer, sobretudo na comparação com os emergentes. O buraco é mais embaixo."

A economia brasileira teve muitas dificuldades nos últimos anos. Entre o fim de 2014 e 2016, o Brasil observou forte recessão causada por vários desequilíbrios macroeconômicos e pela instabilidade política no governo Dilma Rousseff. 

Nos três anos seguintes, houve uma pequena retomada. Atualmente, a crise da pandemia se tornou mais um fator complicado.

A queda do Brasil também fica evidente quando se analisa o comportamento socioeconômico do país. Depois do "boom" classe C no final da década passada e no início desta, o país tem registrado uma leve piora da mobilidade social nos últimos anos, mostra pesquisa feita pela Kantar.

No ano de 2014, 27,5% dos lares brasileiros eram das classes A e B . Ao fim de 2020, esse grupo deve recuar para 26,3%. A classe E vai passar de 24,7% para 25,2% dos lares.

O desemprego tem sido uma das mais fortes consequências do desempenho ruim da economia e ajuda a explicar o empobrecimento do país.

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