Após seis meses seguidos de crescimento, a dívida pública atingiu o patamar de 85,5% do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - em junho, o maior da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em dezembro de 2006. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (31) pelo BC.
A estatística considera a dívida pública bruta do governo geral, que compreende o governo federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os governos estaduais e municipais. A dívida é acompanhada de perto pelo mercado financeiro para medir a capacidade do país de pagar suas dívidas, o nível de solvência.
O crescimento da dívida em junho foi de 3,6 pontos percentuais, ainda maior do que em maio, quando o crescimento foi de 2,1 pontos percentuais. O endividamento do país vem acelerando desde o início da pandemia. Desde fevereiro, o último mês sem o impacto econômico da Covid-19 , a estatística subiu de 76,7% do PIB para 85,5% do PIB.
De dezembro até junho, a relação entre dívida e PIB subiu 9,7 pontos percentuais. Isso significou um aumento de R$ 650 bilhões bilhões da dívida em apenas seis meses. Para efeitos de comparação, no mesmo período do ano passado, o crescimento foi de cerca de R$ 220 bilhões.