Entre reprovações e dificuldades, brasileiros tentam ter acesso ao auxílio do governo
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Entre reprovações e dificuldades, brasileiros tentam ter acesso ao auxílio do governo

Desde o início da pandemia do Covid-19 no Brasil, a população que teve sua renda afetdada pelo vírus tem tido dificuldade para acessar o auxílio emergencial de R$ 600 prometido pelo governo. E não são poucos os problemas: fraudes, falhas e inconsistências do sistema, além das longas filas nas agências bancárias da Caixa Econômica Federal evitam que o dinheiro chegue nas mãos de quem precisa e, de quebra, ainda favorecem uma maior disseminação da doença.

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As aglomerações nos bancos tiveram início quando foi divulgada a informação de que os solicitantes do auxílio que tivesse qualquer pendência em seus CPFs não poderiam receber o dinheiro . Com isso, muita gente correu para tirar dúvidas e regularizar a situação, o que fez surgir filas quilométricas e aglomerações em diversas cidades do país, contrariando as normas de saúde definidas pela OMS.

Porém, está não foi a última etapa do sofrimento da população. Muitos do que Que conseguiram resolver suas pendências acabaram travando na etapa seguinte do processo: entrar no aplicativo criado pela Caixa para fazer o pedido do auxílio emergencial.

As críticas foram das mais variadas: relatos de instabilidade no aplicativo, falhas ao tentar concluir o processo e até de possíveis fraudes, como as enfrentadas por pessoas que recebiam mensagens de que seus CPFs já estavam registrados em outro nome quando acessavam a ferramenta pela primeira vez.

"Eu baixei o aplicativo , não tinha cadastrado nada antes, mas apareceu a mensagem que o CPF já havia sido cadastrado . Então, liguei para o 111 (serviço de atendimento ao cliente) e, quando digitei o CPF, ouvi uma mensagem de que eu tinha sido selecionado para receber o benefício. Como assim? Só pode ser uma fraude. Alguém usou meu CPF e cadastrou outro telefone e outros dados", revelou Carlos Eduardo da Silva, em entrevista ao jornal Extra.

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Houve também quem enfrentasse problema após a conclusão do pedido. Quem precisou acessar o aplicativo Caixa Tem , que permite às pessoas que receberam o auxílio em poupança digital movimentarem os recursos, relatou instabilidade do sistema, o que foi apontado pelo banco como uma dificuldade ocorrida pelo número excessido de acessos, bem como a dificuldade para conseguir a senha necessária para o saque nas lotéricas, que fica ativa por apenas duas horas .

Cheques e depósitos em conta facilitam processo

Outros países também tiveram problemas para conseguir fazer chegar às mãos da população o dinheiro emergencial para o combate da crise gerada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). Entretanto, além da diferença de valores , as formas de pagamento mais simples também opõem as situações.

Nos EUA , que viu número recorde de solicitações do seguro-desemprego desde o início da pandemia, a regra para o pagamento seguiu medidas simples: o solicitante precisava apenas ter feito a declaração do Imposto de Renda de 2019, pois foi exatamente desta base que o governo puxou as informações de quem teria direito ao auxílio ou não, e ter renda inferior a US$ 75 mil.

O pagamento de US$ 1,2 mil (R$ 6,2 mil), que poderia chegar a US$ 2,9 mil (R$ 15 mil) no caso de casais com filhos, foi feito por meio de cheques que foram enviados diretamente para as residências.

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Outro exemplo de facilitação aconteceu na Alemanha . O governo liberou 356 bilhões de euros (cerca de R$ 2 trilhões) para salvar empresas e trabalhadores.  Com um simples cadastro via internet, os freelancers ou proprietários de pequenas empresas só precisavam dar algumas informações pessoais, como endereço, registro social e dados bancários, para estarem aptos a receberem o auxílio, que foi depositado diretamente na conta de cada cidadão.

Por fim, quem também optou pela transferência direta de recursos foi o Canadá . Em até três dias úteis, os aplicantes ao auxílio que fossem aprovados já recebiam o valor de 2 mil dólares canadenses (R$ 7,4 mil). Para isso, bastava realizar um cadastro no site criado pelo governo para este fim e seguir algumas regras, como ter mais de 15 anos, residir no país e ter sido economicante atingido pela crise do Covid-19 .

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