Em vários estados brasileiros, centrais sindicais, movimentos sociais e servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) prometem protestos contra medidas do governo Bolsonaro e por melhorias no atendimento e nos serviços prestados à população. Os atos estão previstos para a manhã desta sexta-feira (14).
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O principal ponto do protesto é a possível contratação de 7 mil militares,
permitida pelo decreto 10.210/2020, que vem sendo chamada de "militarização do serviço público"
pela categoria. Grande parte dos servidores são contra, pois alegam que os militares não estariam aptos para o atendimento especializado.
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Pedidos de aposentadoria, de auxílio-doença, e outros benefícios ficaram ainda mais difíceis para cerca de dois milhões de brasileiros, que aguardam na fila.
A liberação do salário-maternidade está atrasada para mais de 108 mil mulheres. Por lei, o prazo máximo para a concessão é de 45 dias.
Os motivos da demora são a diminuição no número de funcionários, que caiu de 33 mil para 23 mil entre 2016 e 2019, além da aprovação da reforma da Previdência sem adaptação dos sistemas para que os pedidos sejam analisados de forma mais ágil.
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O governo anunciou uma série de medidas para tentar dar vazão aos pedidos, entre elas a contratação de militares da reserva e servidores aposentados do INSS
para auxiliar na redução da fila.
Mas, enquanto essas medidas não revertem o quadro de milhares de segurados
Sérgio Nobre, presidente da Central Única de Trabalhadores Nacional, alerta que “a situação poderá se repetir em outros setores dos serviços públicos como saúde e educação, que já sofreram com cortes em recursos no primeiro ano da gestão do Bolsonaro”.