Saber a ordem correta para colocar as experiências profissionais é uma das dicas de como montar um currículo sem erros
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Saber a ordem correta para colocar as experiências profissionais é uma das dicas de como montar um currículo sem erros

Não importa se você tem formação relevante, experiência na área e preenche todos os requisitos da vaga. Se não souber como montar um currículo sem erros, o recrutador pode passar batido pela sua candidatura e aquele cargo dos sonhos continuará sem ser seu.

Apesar de o saldo de geração de empregos formais no Brasil ser positivo nos últimos meses, conforme indicou o Caged na última semana, a  busca por trabalho continua sendo uma preocupação de 12,8 milhões brasileiros que estão sem ocupação, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

Diante de um cenário como esse, é importante saber como montar um currículo , para não deixar nenhuma oportunidade escapar. “Elaborar um currículo com cuidado faz toda a diferença. É importante que o recrutador perceba que o candidato dedicou tempo na construção daquele material”, orienta Sérgio Margosian, gerente executivo da Michael Page.

Para isso, ele diz que o documento deve estar alinhado, manter um padrão de organização de palavras e de fonte, além de seguir algumas regras básicas que facilitam a leitura, por exemplo.

Colocar as ideias de maneira coerente no papel pode parecer fácil, mas na prática, é comum que surjam dúvidas quanto à montagem do documento. Para saber se você está apto para construir um modelo de currículo que passaria sem problemas nas mãos dos recrutadores, o Brasil Econômico criou um teste com erros comuns que os candidatos cometem na hora montar o arquivo. Será que você é capaz de identificá-los?

Como montar um currículo sem erros


1 - Ordem das experiências profissionais

No campo em que o profissional relata os últimos cargos, é necessário respeitar uma cronologia. No entanto, há quem coloque as informações começando pelo primeiro emprego que teve na vida, o que não ajuda na hora da seleção.

“O correto é colocar primeiro a última experiência e seguindo nessa ordem até seu primeiro emprego”, explica Gabriel Tortejada, candidate experience manager da Revelo.

Isso porque, nesse caso, as últimas experiências profissionais do candidato têm mais relevância do que os primeiros.

2 - Tamanho

Outro erro comum é fazer um currículo longo demais. É preciso ter em mente que quem analisa esses documentos leva, em média, até 10 segundos para avaliá-los, ou seja, não tem tempo hábil para ler as 4 páginas enviadas por alguns candidatos.

“É importante deixar o documento o mais conciso e coeso possível. Quanto menos informações desnecessárias e mais explicações objetivas, melhor”, pondera Tortejada.

Um dos campos que mais toma espaço nos currículos é o campo sobre a experiência profissional. Nesses casos, a dica é usar de três a quatro linhas em cada descrição e também pensar se aquele emprego é relevante para a vaga que está sendo disputada. Se não for, não há problema em retirar ou então apenas citar, para não deixar um longo período de tempo sem “explicação” sobre sua ocupação.

3 - Dados pessoais

Como já dito anteriormente, menos é mais. Colocar dados como nome completo, idade, telefone para contato e e-mail é indispensável. Essas informações, inclusive, merecem destaque no início do documento.

Contudo, expor número RG ou CPF, e até o endereço completo, como nome da rua e número da residência, podem ocupar espaço e são desnecessários. “A cidade e, muitas vezes, o bairro, são recomendados, mas bastam. O ideal é que, cada vez mais, o recrutador se atente às habilidades do candidato e não no local onde vive”, ressalta Tortejada.

4 - Documento salvo

Há dois problemas que costumam acontecer relacionados a esse item. O primeiro tem a ver com o formato do documento. O certo é salvar em PDF, porque facilita que o arquivo seja aberto em qualquer computador. Em alguns casos, currículos gravados em Word podem apresentar falhas para abrir ou perder a configuração original.

Outro erro clássico é com o nome do arquivo. É preciso ter atenção ao nomear o documento e não colocar termos inadequados ou apelidos. Nada mais amador do que enviar um currículo com um nome indevido, não é mesmo?

5 - Foto no currículo

Esse é um tópico polêmico, porque muita gente considera antiético que uma empresa contrate alguém avaliando a pessoa pela aparência. Mesmo que muitos recrutadores digam que não há problemas em receber currículos com fotos, alguns afirmam que, para não errar, é melhor não colocar.

Mas, caso seja do interesse do candidato ou um requisito da empresa que documento vá com foto, o cuidado deve ser redobrado com a imagem que será colocada.

A roupa deve ser neutra, de preferência social, e o candidato deve estar sozinho. A qualidade da fotografia também precisa estar legível.

6 - Descrição do cargo

Por mais que o profissional tenha empenhado o mesmo cargo em diversas empresas, é imprescindível que haja uma descrição, ainda que sucinta, de todas as experiências anteriores.

“Sempre vai ter algo diferente para acrescentar. Uma dica é focar no que a pessoa fez que teve impacto naquela empresa. Dificilmente ela atingiu os mesmos resultados em todas as experiências profissionais que teve", sugere Tortejada.

Segundo ele, é comum que, na hora de montar um currículo, o candidato achar que, só porque teve o mesmo cargo basta colocar a descrição igual em todas os tópicos. "Isso mostra que o candidato não se empenhou", finaliza.

7 - Posição das informações relevantes

É normal que, com a grande quantidade de informações no currículo, o candidato fique um pouco perdido para organizar o espaço e colocar dados adicionais como cursos de idiomas, participação em projetos e experiências voluntárias.

No entanto, se para a vaga que está disputando essas informações forem relevantes, é importante encontrar um local de destaque no currículo . “É preciso construir o documento de forma estratégica. Deixar no rodapé da segunda página do currículo que o candidato fala três ou quatro idiomas não tem destaque nenhum, sendo que essa seria uma informação que poderia ser decisiva para o recrutamento”, completa Sérgio Margosian.

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