Deputados votam hoje propostas de alterações à reforma; acompanhe ao vivo
Por Brasil Econômico
- com informações da Agência O Globo e Agência Câmara | 07/08/2019 09:40:29 - Atualizada às 07/08/2019 21:22:29Os oito destaques apresentados pelos partidos para à proposta de Reforma de Previdência foram votados nesta quarta-feira (7) em segundo turno na Câmara dos deputados e foram todos descartados pelos deputados federais.
Com isso, a Câmara manteve o texto da reforma da Previdência votado em primeiro turno em julho e em segundo turno na última terça-feira (6). Agora a proposta segue para o Senado Federal.
O tempo de contribuição foi o tema do último destaque votado pela Câmara e proposto pelo PT. O partido de oposição tentou manter a regra atual de considerar a média de 80% dos maiores salários para fazer o cálculo da aposentadoria.
O penúltimo destaque foi apresentado pelo PSB sobre regra para servidores públicos que ficam expostos a agentes químicos. Ele recebeu 137 votos a favor e 347 contra.
A regra que foi mantida no texto da reforma prevê que a aposentadoria desse grupo aconteça com a soma da idade e tempo de contribuição determinando uma quantidade de pontos, mais o tempo de exposição ao agente nocivo. A aposentadoria vai considerar a seguinte regra:
- 66 pontos e 15 anos de exposição
- 76 pontos e 20 anos de exposição
- 86 pontos e 25 anos de exposição.
Dois destaques sobre regras de transição
apresentado pelo partido Novo e pelo PDT foram rejeitados. A proposta do Novo teve 394 votos contra e apenas 9 a favor. Já o destaque do PDT foi rejeitado por 352 votos a 136.
O partido Novo tentou retirar da reforma uma das regras de transição para trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos que estão no mercado de trabalho
. A regra determina idade mínima de 57 anos para homens e mulheres e tempo de contribuição de 30 anos para mulheres e 35 para homens. Nesses casos, o tempo restante para aposentar pode até dobrar.
O destaque do PDT tratava sobre o mesmo assunto, e tentava evitar que trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos enfrentassem o pedágio (tempo a mais para aposentar) de 100% com a nova regra da aposentadoria.
O destaque proposto pelo PSOL e se referia ao abono salarial
foi rejeitado. O partido tentou manter a redação atual da Constituição que garante o benefício para todos os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos.
O destaque foi rejeitado com 345 votos contra e 139 a favor. O texto da reforma da Previdência prevê que empregados que ganham até R$ 1.364,43 em empresas que contribuíram para o PIS-/PASEP, tenham o direito ao pagamento anual do benefício "em valor de até um salário mínimo".
Os deputados federais rejeitaram
o destaque do Partido dos Trabalhadores sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC) por 346 votos a 146.
A proposta do PT tinha o objetivo de impedir que fosse incluído na Constituição Federal o texto afirmando que somente idosos e pessoas com deficiência em famílias com renda familiar menor do que um quarto do salário mínimo por pessoa pudessem receber o BPC .
O destaque do PCdoB que pretendia retirar do texto da reforma da Previdência a possibilidade de pagar pensão por morte com um valor menor que o salário mínimo, caso o beneficiário tenha outra fonte de renda, não foi aceito pelos deputados.
Por 339 votos contra a mudança no texto, e 153 a favor, o Plenário manteve o texto da reforma sem alterações.
O primeiro destaque foi proposto pelo PT e tentava manter
a contagem do mês para a aposentadoria mesmo quando o valor recebido pelo segurado fosse menor que um salário mínimo. O destaque foi rejeitado
pelo Plenário por 364 votos para manter o texto da reforma e 130 para alterá-lo.
O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, nesta quarta-feira (7), o requerimento de retirada de pauta da reforma da Previdência. O pedido foi derrubado por 256 votos a 7. O resultado já era esperado. A manobra faz parte do chamado “kit obstrução”, usado pela oposição para tentar atrasar a tramitação da proposta.
Ao derrubar o requerimento, os deputados passam a analisar agora os destaques e propostas para alterar o texto principal. Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que está tudo “organizado” para derrubar todos os oito destaques apresentados e, assim, manter o texto.