![Governador de Goiás, Caiado afirmou que estados precisam dos fundos para auxiliar na redução das desigualdades Governador de Goiás, Caiado afirmou que estados precisam dos fundos para auxiliar na redução das desigualdades](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/ca/4w/wh/ca4wwhc2pi4q7buedf08n898d.jpg)
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, defendeu na noite desta terça-feira, em reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes , e parte da equipe econômica, que o governo edite uma medida provisória permitindo que os estados do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste possam tomar empréstimos para investimentos e despesas de custeio diretamente dos fundos constitucionais.
Segundo Caiado, a ideia é que os governadores das três regiões tenham acesso a 30% da receita anual que compõem esses fundos, criados na Constituição de 1988, para auxiliar na redução das desigualdades regionais entre os estados .
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O governador, que esteve na parte da manhã conversando sobre o tema com o presidente Jair Bolsonaro , disse que a crise que afeta vários estados, inclusive o de Goiás, não permite que as unidades da federação fiquem esperando pelo Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF), chamado de Plano Mansueto, para ajustar as contas públicas dos governos estaduais. O projeto de lei criando o PEF ainda não foi enviado ao Congresso.
"O projeto de recuperação fiscal deveria ter sido mandado deste o mês de abril . Como estamos na metade de maio e não tem nenhuma perspectiva dessa matéria ser sequer votada no Congresso , nós queremos ter esse canal de financiamento mínimo para nossos investimentos. Estamos com rodovias esburacadas na colheita da safra e a situação é caótica na saúde e na segurança pública", afirmou o governador.
"O que nós queremos é que, além do setor industrial, da agropecuária, do turismo e outros, os estados também possam pegar empréstimo desses fundos", completou.
De acordo com Ronaldo Caiado , Bolsonaro autorizou a área jurídica do governo a elaborar a MP. Ele acredita que a medida será editada assim que o presidente retornar da viagem que fará aos Estados Unidos. O governador acrescentou ter convencido Paulo Guedes sobre a inexistência de impacto nas contas públicas.
"A MP não substituiria o Plano Mansueto, até porque os fundos constitucionais só atingem os estados do Norte, do Nordeste e Centro-Oeste. Não temos condições de continuar com essa asfixia", apontou.
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Caiado também se queixou da guerra fiscal. Reclamou que o governo de São Paulo está dando incentivos a empresas que forem investir no estado.
"Fizemos a tarefa de casa, cumprimos as regras, cortamos os incentivos e em contrapartida São Paulo diz que para cada 1 bilhão de reais investidos lá, haverá uma redução de 2% do ICMS. Isso é uma guerra declarada", finalizou Caiado.