Durante evento em Washington, nos Estados Unidos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo tem como objetivo, após a reforma da Previdência, promover a descentralização econômica para concentrar mais poder financeiro nos estados e municípios e menos no Governo Federal. A declaração foi feita nesta quinta-feira (11).
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"Vamos desobrigar, vamos desvincular, vamos descentralizar todos os gastos públicos de forma que a classe política assuma o protagonismo", defendeu Guedes. "A classe política brasileira já tem maturidade suficiente para assumir as responsabilidades. Esta é uma agenda riquíssima para a reabilitação dessa classe."
Guedes também chamou o desentendimento entre Jair Bolsonaro (PSL) e o Congresso de “crise de acomodação”, já que a mudança no governo é recente. "É absolutamente natural que um governo que começou há só três meses não se comunique na mesma linguagem que havia antes no Congresso", avaliou o ministro.
O economista ainda disse ter certeza sobre o interesse dos políticos em aprovar a nova Previdência. "Eu estou seguro de que a classe política vai se debruçar sobre a reforma da Previdência ainda no primeiro semestre, porque interessa à classe política trabalhar a partir de agosto em uma agenda construtiva. Acho que seria de pouca inteligência política ficar um ano e meio discutindo a Previdência", opinou.
Nesta agenda construtiva, o ministro inclui a redução e simplificação de impostos; energia barata, diminuindo o preço do gás e quebrando monopólios ; a descentralização de recursos para estados e municípios; e a abertura da economia brasileira.
Guedes está em Washington para participar dos Encontros de Primavera do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial. Pela manhã, o ministro fez uma apresentação sobre a economia brasileira no Brookings Institution. Depois, se encontrou com o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e com ministros de Finanças para tratar do tema Venezuela.