![Durante evento da XP Investimentos em Nova York, Guedes também reafirmou que quer baixar as tarifas de importação Durante evento da XP Investimentos em Nova York, Guedes também reafirmou que quer baixar as tarifas de importação](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/3u/1m/5x/3u1m5xlhfepfyrmcpeycgpwn7.jpg)
Em viagem a Nova York, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou a uma plateia de investidores estrangeiros que o Brasil pretende adotar uma postura mais rígida ao fechar acordos comerciais internacionais. "Quem não abrir o mercado para nós, vamos abandonar", enfatizou Guedes.
A declaração foi feita durante um evento promovido pela XP Investimentos sobre os primeiros 100 dias do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Adicionalmente, como exemplo como o governo pretende agir com parceiros tradicionais, o ministro citou México e a Argentina.
"A cada 20 anos esse acordo com o México entra em colapso. Desta vez dissemos a eles: vamos fazer diferente, e ver como vai", afirmou. Em relação ao vizinho sul-americano, Guedes foi direto: "Eles vão dizer: queremos que vocês tomem mais nossos vinhos. Diremos: OK. Vocês têm que tomar mais leite nosso. Senão, deixamos de lado."
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Durante o evento, Guedes também reafirmou que quer baixar as tarifas de importação . "Vamos implantar tarifas lineares de 1% a 4% – bem diferentes dos atuais 14% médios. Mas, claro, depois de desregulamentar. Não somos ingênuos, sabemos que há uma guerra mundial por empregos, fábricas", disse o ministro.
Previdência e capitalização
Em Nova York, Guedes também reiterou que o governo vai começar a negociar o novo sistema de capitalização para a Previdência Social imediatamente após o Congresso Nacional aprovar uma reforma com economia estimada em R$ 1 trilhão em dez anos. "Há tantas vantagens [no novo sistema] que não vejo motivos. Só ignorância ou egoísmo explicam querer manter o sistema antigo [atual]”, cutucou.
O ministro ainda defendeu Bolsonaro das afirmações de que o novo presidente não seria um democrata . "A vitória de Bolsonaro não foi uma ameaça para a democracia , mas sim uma mudança de modelo. A democracia está viva e indo muito bem no Brasil. A mídia no Brasil ganhou legitimidade na última eleição. Há algo sério acontecendo lá, e não para o pior, mas para melhor", avaliou.