O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegou pessoalmente, às 9h30 desta quarta-feira (20), à Câmara dos Deputados, para entregar a proposta de reforma da Previdência para o Congresso Nacional. A informação já havia sido adiantada pelo secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, e foi posteriormente confirmada pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros.
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O presidente também deve fazer um pronunciamento à população para enfim divulgar informações sobre as mudanças a serem propostas para a Previdência . A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, porém, ainda não confirmou se o discurso será transmitido via rádio e TV ou pela internet, nas redes sociais de Bolsonaro.
Até agora, apenas a adoção de uma idade mínima para a aposentadoria – de 62 anos para as mulheres e de 65 para os homens – foi revelada pelo governo. No último dia 14, em entrevista à imprensa, Marinho afirmou que os valores são um meio termo entre o que defendiam os integrantes do governo, uma vez que o presidente queria 60 anos para mulheres e 65 para homens e sua equipe econômica propunha 65 anos para ambos os gêneros.
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"Nós conversamos com ele, e o presidente tem sensibilidade. [Bolsonaro] entendeu também as condições da economia e fez a distinção do gênero. Ele acha importante que a mulher se aposente com menos tempo de contribuição e trabalho do que o homem e nós conseguimos encurtar um pouco essa questão da transição", declarou o secretário.
Expectativas para a votação
Na tarde de ontem (19), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), declarou que faltam "de 60 a 70 votos" de parlamentares para que o governo consiga aprovar o projeto de reforma da Previdência proposto. Segundo o general, o texto já reúne 250 votos favoráveis.
"A gente sabe que a oposição tem em torno de 150 votos [contra a reforma da Previdência]. Então sobram 363 para serem garimpados. Acredito que temos 250. Então entre 60, 70 votos terão que ser buscados", calculou Mourão.
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Depois de encaminhado ao Congresso, o texto será analisado pela Câmara dos Deputados e precisará ser aprovado em dois turnos, com pelo menos 308 votos em cada um. Se passar pelos parlamentares, a reforma da Previdência parte para o Senado Federal, onde precisará obter 49 votos favoráveis, também em dois turnos diferentes.