O presidente Jair Bolsonaro (PSL) deve acertar, nesta quinta-feira (14), os últimos detalhes do texto da reforma da Previdência que será encaminhado ao Congresso Nacional. De acordo com ele, as decisões finais serão tomadas em uma reunião com sua equipe econômica na tarde de hoje.
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Em entrevista ao Jornal da Record na noite de quarta-feira (13), Bolsonaro afirmou que vai "bater o martelo" sobre a nova Previdência hoje, quando ele vai decidir sobre os valores das idades mínimas para a aposentadoria de homens e mulheres.
Segundo o presidente, a dúvida está entre idades mínimas de 62 ou 65 anos para os homens e 57 ou 60 anos para as mulheres. A minha grande dúvida na verdade foi se passaria para 62 ou 65 [anos para] os homens, e, para mulheres, para 57 ou 60. E isso será decidido amanhã [quinta-feira]", disse.
Bolsonaro explicou que, dependendo de sua escolha, haverá um período de transição. "Se for o 62 e 57, haverá transição, obviamente", afirmou. Ele também disse que, caso escolha as idades mínimas mais altas para a aposentadoria , o período de adequação seria maior: nesse caso, de 60 e 65 anos, "a transição seria até 2030 ou 2032, aproximadamente."
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O capitão reformado não quis dizer ao jornal qual sua preferência de escolha, reiterando que precisa "conversar com a equipe econômica."
Bolsonaro diz que reforma da Previdência é necessária
O presidente ressaltou, ainda, a necessidade da reforma. De acordo com ele, caso o projeot não seja apresentado, o "Brasil quebrará" dentro de quatro ou cinco anos. “Eu não gostaria de fazer a reforma da Previdência , mas sou obrigado a fazer, do contrário o Brasil quebrará em 2022 ou 2023”, afirmou.
Recentemente, em entrevista concedida à agência Reuters durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), o ministro da Economia, Paulo Guedes , voltou a apontar a reforma como medida fundamental , uma vez que é preciso economizar nesse setor para reduzir os gastos públicos. "É isso ou seguimos [o caminho da] Grécia", alertou o ministro, tomando como exemplo o país europeu que entrou em grave crise em 2009 devido aos gastos com aposentados e pensionistas .
De acordo com dados divulgados pelo Tesourno Nacional, o rombo da Previdência
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) subiu 3,2% em 2018, chegando a mais de R$ 195 bilhões
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