Para a Moody's, a amplitude das mudanças podem influenciar na tramitação da proposta de reforma da Previdência
Antonio Augusto/Câmara dos Deputados
Para a Moody's, a amplitude das mudanças podem influenciar na tramitação da proposta de reforma da Previdência

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (13), a agência de classificação de risco Moody's avalia que o projeto de reforma da Previdência não deve ser aprovado antes do terceiro trimestre deste ano, com a possibilidade de ser adiado ainda mais. Segundo a agência, a amplitude das mudanças, além de fatores externos, podem influenciar na tramitação da proposta.

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"Dada a amplitude das reformas propostas, esperamos que o processo de aprovação [da nova Previdência ] será adiado e é improvável que seja finalizado antes do terceiro trimestre deste ano, podendo ser adiado ainda mais se componentes adicionais, como uma reforma trabalhista, estiverem ligados à proposta de reforma da seguridade social", escreveu a Moody's.

O documento considera que a minuta da reforma vazada à imprensa na semana passada é ambiciosa, mas pode ser um ponto de partida para as negociações no Congresso Nacional. "A qualidade e a amplitude da reforma que será por fim aprovada dependerão da capacidade do governo de conseguir consenso político no Congresso", avalia a agência.

A minuta estabelecia, dentre outras regras, uma idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres, sem diferenciação por gênero. Ontem (12), porém, o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho , afirmou que o texto da proposta de reforma que foi fechado pelo governo está "bastante" diferente daquele que foi vazado.

A Moody's também publicou a economia estimada que a reforma da Previdência pode trazer. As expectativas da agência – entre R$ 600 bilhões e R$ 800 bilhões – são mais pessimistas que as de Paulo Guedes, que chegou a afirmar que  o governo economizaria R$ 1 trilhão nos próximos dez anos com as mudanças propostas.

Discussões sobre a Previdência

Segundo Flávio Bolsonaro, que se encontrou com Paulo Guedes, o Senado está receptivo à reforma da Previdência
LG Soares/Agência Alerj
Segundo Flávio Bolsonaro, que se encontrou com Paulo Guedes, o Senado está receptivo à reforma da Previdência

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, devem discutir amanhã (14) o texto da proposta de reforma da Previdência a ser enviado ao Congresso. A informação foi compartilhada pelo filho mais velho do presidente, Flávio Bolsonaro, após um encontro com Guedes.

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"Eu estava com saudades do Paulo Guedes. Vim bater um papo com ele", disse o senador. "Eu trouxe um pouco do clima do Senado para o ministro, que está receptivo ao debate sobre a reforma da  Previdência ". A reunião não constava na agenda oficial do ministro da Economia.

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